Chevrolet Cruze deixa o mercado brasileiro após 13 anos de história

Após 13 anos de mercado, o Chevrolet Cruze e sua versão hatchback, o Cruze Sport6, encerram oficialmente sua trajetória no Brasil. A produção dos modelos foi encerrada na Argentina em dezembro de 2023, e agora, com o fim dos estoques nas concessionárias, a Chevrolet retirou os veículos de seu site oficial, marcando o fim de uma era para a marca no país.

O Cruze foi lançado no Brasil em 2011, substituindo de uma só vez dois modelos importantes da Chevrolet: o Vectra e o Astra. Desde então, se consolidou como uma opção entre os sedãs médios, competindo com modelos como Toyota Corolla, Honda Civic, Citroën C4 Lounge e Volkswagen Jetta. Em sua primeira geração, produzida em São Caetano do Sul, São Paulo, o Cruze era equipado com um motor 1.8 Ecotec aspirado, oferecendo até 144 cavalos de potência.

O Chevrolet Cruze e o Cruze Sport6 encerraram suas vendas no Brasil após 13 anos. Com o fim dos estoques, a Chevrolet retirou os modelos do site oficial, marcando o fim de sua produção.
O Chevrolet Cruze e o Cruze Sport6 encerraram suas vendas no Brasil após 13 anos. Com o fim dos estoques, a Chevrolet retirou os modelos do site oficial, marcando o fim de sua produção.

Em 2016, a produção do Cruze foi transferida para Santa Fe, na Argentina, coincidindo com a chegada da segunda e última geração do modelo. Além de um design renovado, o novo Cruze passou a contar com um motor 1.4 turbo de 153 cavalos e recebeu novas tecnologias, como o sistema start-stop. A mudança de geração, porém, não foi suficiente para manter o modelo competitivo em um mercado cada vez mais inclinado para SUVs.

O Cruze Sport6, versão hatchback do modelo, também teve um papel importante no mercado brasileiro, especialmente após o fim das vendas de outros hatchbacks médios, como o Ford Focus e o Volkswagen Golf. Contudo, com o crescente desinteresse do público por esse segmento, o Cruze Sport6 se tornou o último representante de sua categoria entre as marcas generalistas no Brasil.

Lançado em 2011, o Chevrolet Cruze chegou ao Brasil como substituto do Vectra e do Astra, consolidando-se no segmento de sedãs médios, onde competiu com modelos como Corolla e Civic.
Lançado em 2011, o Chevrolet Cruze chegou ao Brasil como substituto do Vectra e do Astra, consolidando-se no segmento de sedãs médios, onde competiu com modelos como Corolla e Civic.

A decisão da Chevrolet de encerrar a produção do Cruze e do Cruze Sport6 está alinhada com a estratégia global da empresa, que tem focado cada vez mais em SUVs e picapes. Na América do Norte, a produção do Cruze foi encerrada em 2019, e um ano depois, o modelo foi retirado do mercado chinês. Agora, a Chevrolet se prepara para encerrar a produção do Malibu, seu último sedã nos Estados Unidos, até o final de 2024.

No Brasil, a saída do Cruze e do Cruze Sport6 deixa um vazio entre os sedãs e hatchbacks médios. O Cruze era uma das últimas opções de sedã médio com preço mais acessível no mercado, ficando abaixo de R$ 200 mil. Com sua saída, restam poucas alternativas, como o Toyota Corolla, o Nissan Sentra e o novo BYD King. No segmento de hatchbacks médios, a situação é ainda mais crítica, com os únicos modelos restantes sendo de marcas premium, como o Audi A3 Sportback, BMW Série 1 e Mercedes-Benz Classe A.

Com a saída do Cruze e do Cruze Sport6, o mercado brasileiro de sedãs e hatchbacks médios encolhe ainda mais, restando poucas opções abaixo de R$ 200 mil no país.
Com a saída do Cruze e do Cruze Sport6, o mercado brasileiro de sedãs e hatchbacks médios encolhe ainda mais, restando poucas opções abaixo de R$ 200 mil no país.

Com o fim da produção do Cruze, a fábrica da General Motors em Santa Fe, na Argentina, irá aumentar a produção do SUV Tracker, que também é fabricado no Brasil. No entanto, não há planos para substituir diretamente o Cruze ou o Cruze Sport6, reforçando a mudança de foco da Chevrolet para veículos maiores e mais robustos.

A saída do Cruze e do Cruze Sport6 do mercado brasileiro é um reflexo das mudanças nas preferências dos consumidores e da estratégia da indústria automotiva. Enquanto os SUVs continuam a dominar as vendas, os sedãs e hatchbacks médios, que já foram um dos principais segmentos do mercado, tornam-se cada vez mais raros. A Chevrolet, por sua vez, segue adaptando sua linha de produtos para acompanhar essas tendências, deixando para trás dois modelos que marcaram uma geração de motoristas brasileiros.

Fonte: GM, Motor1 e Terra.

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