
Francinildo Moura dos Santos precisou fazer empréstimo para pagar advogado. Número do processo corresponde a processo contra uma mulher. Homem é preso por engano enquanto trabalhava no DF
Um homem foi preso injustamente enquanto trabalhava em Águas Claras, no Distrito Federal, no último dia 13. Segundo o mandado de prisão, Francinildo Moura dos Santos tinha sido condenado a dois anos e quatro meses em regime fechado por furto, mas houve um erro.
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O porteiro precisou pegar um empréstimo para pagar um advogado criminalista e sair da prisão. Segundo o advogado, o número no mandado de prisão corresponde a um processo contra uma mulher e corre em segredo de Justiça.
Uma semana após a prisão, Francinildo ainda se lembra com tristeza do que aconteceu.
“Me botaram no cubículo [no carro da polícia]. Eu falei: ‘eu vou passar essa vergonha na frente do meu serviço? Não tem como eu ir na frente não?’ [O policial] falou que tinha que ser atrás mesmo. Me botou atrás e me levou pra delegacia”, conta Francinildo.
No mesmo dia, o Tribunal de Justiça do DF confirmou que houve erro na expedição do mandado e mandou soltar Francinildo.
Para a família do porteiro, a situação também foi difícil. Os filhos de Francinildo se assustaram e questionaram o pai sobre a prisão.
“Eu não queria passar aquela vergonha. Minha mulher veio preocupada, começou a chorar. Eu sei que é doído. Você é pai de família, acorda 5h30 da manhã, chegar no serviço e ir preso”, conta Francinildo.
Ajuda financeira
Francinildo Moura dos Santos foi preso por engano e solto no mesmo dia, no DF
TV Globo/Reprodução
A síndica do prédio onde Francinildo trabalha, Neusa Behrmann, acompanhou o caso. Como o porteiro não tem dinheiro para arcar com o advogado, os moradores do prédio fazem uma vaquinha para ajudá-lo com os custo.
“Ele chorou bastante, estava muito abalado. Não é pra menos. Passar por uma situação dessas é vexatória, é vergonhosa”, afirma Neusa.
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