Corrida Wilson Buch preserva o legado do “pai do esporte” em Mafra

Fotos: Acervo/Divulgação

 

 

O que começou como uma homenagem simples ao trabalhador de Mafra se transformou em uma das corridas de rua mais tradicionais do Brasil.

 

Nesta quinta-feira (1), a cidade se reuniu para a Corrida Rústica Wilson Buch, uma prova que vai além da competição: carrega história, paixão e legado.

 

Para contar a história do evento, o programa “Dois Dedos de Prosa” entrevistou o desportista Geison Buch, filho de Ervino Wilson Buch, criador da competição.

 

 

A origem da corrida remonta a 1970, quando o Wilson Buch, como era conhecido, decidiu criar um evento para celebrar o Dia do Trabalhador. Inspirado por conversas com colegas, optou pela corrida rústica.

 

“Ele queria fazer uma homenagem ao Dia do Trabalhador. Pensou em várias coisas e não sabia se faria um festival de jogos, um torneio ou um campeonato. Depois de muitas conversas, inclusive com o professor Nassif e com o pessoal mais antigo, chegou à ideia de criar a corrida rústica, que começou em 1970”, conta Geison.

 

 

As primeiras edições foram modestas, restritas a corredores de Mafra e Rio Negro. Mas o que era um evento local logo ganhou força: a cada ano, mais atletas de diferentes partes do país se inscreviam. Hoje, as inscrições para a prova se esgotam em poucos dias.

 

Geison também relembra dos desafios em organizar a prova em uma época com pouca tecnologia. “Eu ajudei várias vezes na estrutura da corrida, assim como meus irmãos também ajudavam bastante. Lembro dos ‘cartazinhos’, que tinham um espaço para colocar, à mão, o número que cada corredor levava. Muitas vezes, eu e meus irmãos passamos madrugadas acordados, usando pincel atômico para fazer a numeração, separando cada categoria por uma cor. Fora as amizades que a gente fazia com os corredores que vinham de fora. Então era muito gratificante”, detalha Geison.

 

Pelas ruas da cidade, a corrida também deixou seu rastro de história. O ponto de largada e chegada mudou várias vezes: começou em frente ao Bradesco, passou pela Caixa Econômica Federal e pela Praça Lauro Müller, no Alto de Mafra. Atualmente, a Praça Miguel Bielecki, é o ponto de partida e chegada dos atletas.

 

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Além de criar a corrida, Wilson Buch era presença ativa no evento, entregando medalhas e incentivando os competidores. Com seu falecimento em 1984, a prova passou a carregar oficialmente seu nome, eternizando a homenagem ao “pai do esporte” de Mafra.

 

Hoje, a Corrida Rústica Wilson Buch é símbolo de resistência e celebração, atraindo atletas de vários estados e mantendo viva a paixão de seu fundador. “Quero agradecer a todos os participantes e a todos que se deslocam até Mafra para prestigiar o evento. A mensagem da nossa família é de gratidão a todos os envolvidos na realização de mais uma edição da corrida. Uma organização impecável”, concluiu Geison Buch.

 

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