O Olhar do Produtor: primeiras visitas

Iniciamos a nossa expedição Os Caminhos do Tabaco na prática, ou seja, indo às propriedades. A primeira foi a da família Reis, no município de Imbituva, onde pernoitamos de domingo para segunda. Chegamos lá e fomos recebidos pelo Rafael com sua esposa Bianca, seu irmão, Gabriel, e também seus pais, Ademar e Vera Lúcia. Eles finalizaram a colheita no último sábado, 8.

Fomos então olhar um pouco a propriedade. Além do tabaco, lidam com suínos há mais de 30 anos. Mas essa parte dos suínos agora ficou para o pai, pois os rapazes continuam no tabaco com investimentos na propriedade, focando em melhorar o seu dia a dia. A lavoura já foi discada e tem capim sudã bem desenvolvido. Essa área de terra vai ser preparada daqui a algumas semanas, remontando o camalhão e garantindo a cobertura verde.

Distância para a produção

Em uma área bem plana na propriedade fica a lavoura, o que facilita os trabalhos. No entanto, para chegar a esse local, é preciso percorrer uma distância consideravelmente razoável se comparada ao que temos. Tudo é muito bem organizado. Agora, a família se dedica a finalizar a cura das últimas estufas colhidas, e na sequência começar a preparar o tabaco, com a separação das classes, pelo menos o claro e o escuro, e também tirar as impurezas, algo muito importante.

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Agradecemos a receptividade! Almoçamos lá e fomos muito bem recebidos. Inclusive vou levar rama de mandioca que eles nos disponibilizaram até Santa Cruz. É uma variedade diferente, para plantarmos na nossa propriedade. Desejamos a eles sucesso nessa empreitada agora de preparação do tabaco para venda!

A recuperação de Rio Azul

Em Rio Azul, visitamos a propriedade do Sidinei e da esposa Josieli. É uma propriedade que teve muitos desafios nessa safra. A atividade teve início em 2019, quando o casal fez a estufa, começando a casa nova, ou seja, iniciando uma vida a dois. Ele é pedreiro e ela, filha de fumicultores. Nos últimos anos conseguiram boas safras, o que fez com que pudessem investir.

Hoje são duas estufas de ar forçado, uma casa boa, sendo finalizada agora, com amplo espaço. Mas nessa última safra tiveram granizo, que lhes causou um grande prejuízo.

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Para vocês entenderem, a safra normal deles renderia em torno de 20 a 22 mil quilos de tabaco. Mesmo procurando mudas, replantando uma lavoura de 50 mil pés, eles vão colher esse tabaco que foi plantado totalmente fora da época recomendada. Não terão o mesmo retorno, porque o tabaco não se desenvolveu como deveria por causa do clima. Como o Sidinei falou, se ele não tivesse feito esse replantio, teria lucrado, porque está trocando seis por meia dúzia. Agora, estima colher em torno de 10 mil quilos, numa safra que renderia de 20 a 22 mil quilos.

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