Leilão do Lote Nova Raposo foi ganho pelo consórcio EcoRodovias com lance de R$ 2,190 bilhões

O consórcio EcoRodovias venceu o leilão do Lote Nova Raposo, assumindo a gestão de 92 km de rodovias na região metropolitana de São Paulo pelos próximos 30 anos. O grupo ofereceu R$ 2,19 bilhões, superando em 472 vezes o valor mínimo de R$ 4,6 milhões. O leilão foi realizado na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), com participação de quatro concessionárias: EcoRodovias, CCR, Via Appia e EPR.

Pontos Principais:

  • Concessão envolve trechos da Raposo Tavares, Castelo Branco e Coronel PM Nelson Tranchesi.
  • Investimentos totais estimados em R$ 8 bilhões ao longo de 30 anos.
  • Previsão de obras como pistas marginais, faixas adicionais e sistema de pedágio eletrônico.
  • Críticas apontam impactos ambientais e falta de diálogo com moradores.

A área concedida abrange 10 municípios: São Paulo, Osasco, Cotia, Itapevi, Jandira, Embu das Artes, Barueri, Araçariguama, Santana de Parnaíba e Itapecerica da Serra. Os trechos compreendem parte das rodovias Raposo Tavares (SP-270), Castelo Branco (SP-280) e Coronel PM Nelson Tranchesi (SP-029), além de vias menores que conectam cidades na região.

Consórcio EcoRodovias assume a gestão de trechos da Raposo Tavares e outras rodovias, com plano de investimento de R$ 8 bilhões em obras e modernizações nos próximos 30 anos.
Consórcio EcoRodovias assume a gestão de trechos da Raposo Tavares e outras rodovias, com plano de investimento de R$ 8 bilhões em obras e modernizações nos próximos 30 anos.

Entre as melhorias previstas estão a construção de 48,6 km de pistas marginais na Raposo Tavares, 31,2 km de faixas adicionais, e um túnel ligando a Raposo à Avenida Francisco Morato. Outras intervenções incluem viadutos, pontes, alças de retorno e a implantação do sistema de pedágio eletrônico “free flow” em diversos pontos das rodovias.

O CEO da EcoRodovias, Marcelo Guidotti, destacou o compromisso da empresa com o projeto e mencionou desafios envolvidos na operação. Autoridades também apontaram a inclusão de diretrizes para resiliência climática e responsabilidade ambiental nos planos.

Apesar dos avanços prometidos, o projeto enfrenta resistência de moradores e grupos locais. A crítica central é que as obras podem trazer desapropriações, desmatamento e aumento da poluição. O movimento “Nova Raposo Não” realizou pesquisas que apontam desinformação e preocupações de grande parte da população impactada.

Os moradores sugerem alternativas como ampliação da frota de ônibus e implantação de sistemas como metrô ou VLT para melhorar a mobilidade sem ampliar o tráfego de veículos. O governo estadual informou que o projeto foi aberto para consulta pública, incorporando 60% das sugestões recebidas, mas críticos alegam que as alterações foram insuficientes.

O governador Tarcísio de Freitas ressaltou o legado positivo dos leilões realizados, enquanto movimentos sociais cobram maior diálogo e revisão do modelo adotado. A expectativa é que novos debates ocorram nas fases de licenciamento ambiental.

O investimento total estimado para os 30 anos de concessão é de R$ 8 bilhões, com foco em segurança e redução de congestionamentos, especialmente em horários de pico. As obras estão previstas para começar após a finalização dos processos de licenciamento.

Fonte: G1.

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