Jovem que matou outro com golpe de canivete em festa é condenado a 20 anos de prisão no interior de SP


Caso ocorreu em Apiaí, em setembro de 2022. Na mesma festa, outras três pessoas foram feridas por Juliano da Silva Santos. Juliano (à esq.) foi condenado pelo assassinato de Guilherme (à dir.)
Imagem anexada ao processo e Arquivo pessoal
Juliano da Silva Santos, de 25 anos, foi condenado a 20 anos de prisão por matar Guilherme Caíque Mattos Werneque do Amaral com golpes de canivete em uma festa em Apiaí, no interior de São Paulo. O crime ocorreu em 2022, após uma discussão na porta de um banheiro. A defesa informou ao g1 que recorrerá da decisão para tentar anular o júri popular e, se possível, reduzir a pena do cliente.
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O crime aconteceu em uma chácara no bairro Campininha, na noite do dia 25 de setembro de 2022. Além de Guilherme, que morreu no local, outras três vítimas foram socorridas, com 18, 20 e 21 anos, sendo a mais nova a namorada de Guilherme e outros dois homens. Juliano também foi condenado a 4 meses de detenção em regime aberto por lesão corporal leve contra a jovem.
No processo, consta que Guilherme foi tentar usar o banheiro no início da noite, mas viu que a porta estava fechada. Ele bateu na porta, momento em que Juliano deixou o sanitário com uma menina. Isso gerou uma discussão entre os dois homens e, em seguida, uma luta corporal.
Juliano sacou o canivete que tinha com ele e desferiu um golpe certeiro no peito de Guilherme, que morreu. Ao ver o amigo ferido e caído no chão, dois jovens foram tentar ajudá-lo e também acabaram atingidos pelos golpes de canivete. Em seguida, a namorada de Guilherme foi tentar impedir que Juliano deixasse o local e também foi golpeada nas costas.
Após o crime, Juliano entrou em um carro e fugiu do local. Ele foi preso no mês seguinte, em Itapetininga (SP), por policiais de Apiaí, em cumprimento ao mandado de prisão preventiva que havia sido expedido pela Justiça. Quase dois anos depois, o júri popular ocorreu no Foro de Apiaí, na terça-feira (13).
Além da namorada, dois amigos de Guilherme também foram esfaqueados
Arquivo pessoal
Sentença
Os dois homens golpeados por Juliano não fizeram a representação na Justiça quanto aos crimes de lesão corporal sofridos. Por isso,, o Ministério Público requereu a extinção da punibilidade – para impedir que Juliano seja punido em relação a essas vítimas. O juiz Vitor Marcon Assumpção Vieira acolheu o parecer.
No julgamento, os jurados decidiram pela condenação, que resultou na sentença de reclusão de 20 anos para o crime de homicídio qualificado, em regime inicial fechado, e de quatro meses de detenção, em regime inicial aberto, para o crime de lesão corporal leve contra a jovem ferida.
O magistrado negou o direito de o réu recorrer em liberdade e disse que “a medida cautelar revela-se necessária para a preservação da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal”.
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