César Tralli relembrou Gabriela, sua irmã com deficiência, em um desabafo no Jornal Hoje desta sexta, dia 23 de maio
Num mundo que precisa urgentemente ser mais humano e inclusivo, pequenas atitudes têm o poder de provocar reflexões gigantescas. Foi exatamente o que César Tralli fez durante o Jornal Hoje, ao emocionar o público com um relato sincero sobre sua irmã Gabriela.
Gabriela nasceu com deficiência uma física e intelectual. Em meio à cobertura jornalística, Tralli interrompeu o protocolo e usou seu espaço na televisão para lançar luz sobre um tema essencial: o direito de pessoas com deficiência a uma vida digna, com acesso à educação e ao trabalho.
A fala veio logo após a exibição de uma reportagem baseada em dados do Censo de 2022, que mostrou que mais de 21% das pessoas com deficiência com 15 anos ou mais são analfabetas no Brasil.
O jornalista, visivelmente comovido, compartilhou sua experiência pessoal com a irmã, revelando os obstáculos enfrentados por sua família para garantir a inclusão de Gabriela. “As portas costumam estar mais fechadas do que abertas”, disse Tralli.
Querido! César Tralli no #JH falando sobre a dignidade das pessoas com deficiência.
“A dignidade que você traz, pra esse ser especial, e pra família, não tem nada no mundo que pague…”
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— Brenno (@brenno__moura) May 23, 2025
Gabriela Tralli, falecida em 2018 aos 40 anos, nasceu com a síndrome de Noonan, uma condição genética rara que afeta o crescimento, pode causar problemas cardíacos e também impacta o desenvolvimento intelectual.
Após muita insistência, ela conseguiu estudar e mais tarde trabalhar numa biblioteca, onde foi registrada e recebia meio salário-mínimo. Para Tralli, esse gesto simples carregava um valor imensurável: “A dignidade que você traz para esse ser especial e para a família não tem preço”.
A atitude do âncora repercutiu nas redes sociais, arrancando lágrimas e elogios de milhares de brasileiros. Seu desabafo é um lembrete poderoso de que incluir é mais do que aceitar: é abrir portas, estender a mão e reconhecer o valor de cada vida.
Em tempos de pressa e indiferença, o gesto de Tralli é uma pausa necessária para que possamos repensar o mundo que estamos construindo e para quem ele realmente está sendo construído.