O Hospital Maternidade Abel Belarmino de Amorim, em Almino Afonso, no interior do Rio Grande do Norte, foi palco de uma cirurgia que surpreendeu a equipe médica e gerou comoção entre os pacientes. Um homem de 63 anos, Francisco Dário de Paiva, teve 29 pedras grandes retiradas da bexiga. A operação aconteceu após meses de dor e dificuldade para urinar, segundo relato de familiares.
Pontos Principais:
- Paciente de 63 anos teve 29 pedras retiradas da bexiga em hospital do RN.
- Cirurgia ocorreu em Almino Afonso após meses de sofrimento do idoso.
- Equipe médica ficou surpresa com o tamanho e a quantidade dos cálculos.
- O procedimento foi realizado por meio de programa estadual de redução de filas.
Francisco, morador da zona rural de Pau dos Ferros, vinha reclamando de dores e necessidade constante de urinar desde o fim de 2024. Ele passou por exames em abril, quando uma tomografia no Hospital Regional de Pau dos Ferros revelou o acúmulo de pedras na bexiga. Com o agravamento do quadro, a cirurgia foi marcada para a semana seguinte, em Almino Afonso.
A equipe do hospital relatou que já havia realizado procedimentos semelhantes, mas nunca com uma quantidade tão expressiva de cálculos. As pedras, com tamanhos que variavam entre 2,5 cm e 4 cm, impressionaram até os profissionais mais experientes. “Nunca tínhamos visto algo assim por aqui”, afirmou George Amorim, da administração do hospital.
O paciente foi internado no dia 22 de maio e operado no dia seguinte, sexta-feira. Segundo os médicos, a cirurgia ocorreu sem complicações e o estado de saúde de Francisco era considerado estável. A previsão de alta médica estava marcada para o sábado, dia 24. Familiares relataram alívio e gratidão, após meses de sofrimento e incertezas.
Além do impacto físico, a condição chamou atenção também pela reação que causou no hospital. De acordo com o cunhado do paciente, José Ademar, enfermeiros, médicos e até outros internados ficaram impressionados com a quantidade de pedras. Ele classificou a cena como algo “incrível”, que causou espanto geral.
O caso ganhou visibilidade nas redes e em portais de notícias do estado, não apenas pela complexidade médica, mas também pelo contraste entre a gravidade do problema e a estrutura limitada da unidade de saúde em uma cidade pequena. A cirurgia foi possível graças à parceria do hospital com o programa estadual de mutirão cirúrgico para reduzir filas.
Para os profissionais envolvidos, o caso serve como alerta para diagnósticos mais precoces e acompanhamento constante em áreas rurais. O hospital de Almino Afonso tem se destacado por atender casos encaminhados de diversas cidades da região, reforçando o papel das pequenas unidades no enfrentamento de desafios médicos relevantes.
Fonte: G1.
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