
O ex-senador Ataídes Oliveira oficializou, nesta quinta-feira, 22, sua filiação ao Democracia Cristã (DC) e assume a presidência regional da sigla no Tocantins. A chegada ao partido marca o início de sua pré-campanha ao governo estadual em 2026. Até então filiado ao partido Novo, Ataídes foi recebido pela direção nacional da legenda, presidida por José Maria Eymael, que deve gravar um vídeo dando boas-vindas ao novo filiado e confirmando o apoio à sua pré-candidatura. Eymael também planeja uma visita ao Tocantins para se reunir com o novo dirigente estadual.
Ataídes afirmou que já conta com estrutura de comunicação montada e um conselho político consolidado, sinalizando que a campanha está em marcha. “Não vou pecar pela omissão, ainda que saiba das dificuldades”, declarou, reconhecendo os desafios de disputar o Palácio Araguaia.
O ex-senador revelou que a internet será o principal canal de sua campanha e aposta no que chama de insatisfação crescente da população com a política tradicional. “Vejo o povo clamando por mudança, e é nessa energia que quero trabalhar”, destacou. “Sou um homem honesto, que saiu do cabo da enxada e hoje gera 80 mil empregos no Brasil, dos quais 30 mil no Tocantins”, enfatizou, ao falar de sua trajetória empresarial como marca da pré-campanha.
Ataídes também foi enfático ao tratar do que considera uma das principais bandeiras de sua proposta de governo: o combate à corrupção. Ele prometeu abrir as portas do governo aos órgãos de controle. “Vou colocar salas à disposição do Ministério Público, Tribunal de Contas, Assembleia Legislativa, Controladoria-Geral da União e Polícia Federal, se necessário. Quero ser fiscalizado”, declarou.
Segundo ele, o Tocantins precisa de um choque de integridade. “Se não acabar com a corrupção, pelo menos vou reduzi-la ao mínimo. Não podemos permitir que essa situação de corrupção desenfreada continue imperando no Estado”, disse com firmeza.
Um mandato só
Diferente do discurso político tradicional, Ataídes garantiu que não pretende disputar a reeleição caso seja eleito. “Meu mandato será de apenas quatro anos. Quero preparar um sucessor à altura para dar continuidade ao projeto de transformação do Tocantins”, afirmou. “Em hipótese alguma vou buscar reeleição. Quem quiser ser governador, terá que disputar comigo agora”, pontuou, defendendo renovação e alternância no poder.