Em meio às suspeitas de fraude nos descontos aplicados em aposentadorias, peritos da Polícia Federal iniciaram um processo técnico de análise grafoscópica para confirmar a veracidade das assinaturas de beneficiários supostamente vinculados a entidades conveniadas ao INSS. A ação ocorre após denúncias de que muitas permissões para desconto foram obtidas de forma irregular.
Pontos Principais:
- PF investiga falsificação de assinaturas em autorizações de desconto no INSS.
- Peritos analisam documentos e celulares com ordem judicial para apurar fraudes.
- Material apreendido com ex-presidente do INSS inclui anotações suspeitas.
- Objetivo é identificar responsáveis e mensurar prejuízo aos aposentados lesados.
Essa etapa, realizada no Instituto Nacional de Criminalística (INC), visa detectar se os nomes de aposentados foram usados sem consentimento. A técnica de grafoscopia compara documentos manuscritos com amostras autênticas dos envolvidos, buscando sinais de falsificação. A PF quer saber quem falsificou, quando e como essas fraudes ocorreram.

Além das assinaturas, o foco das investigações inclui dispositivos eletrônicos. Celulares de cerca de 200 pessoas estão sendo periciados para detectar comunicações, arquivos e registros apagados que possam esclarecer a dinâmica e a autoria da fraude. A análise é amparada por ordem judicial.
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Os agentes também investigam o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto, de quem foram apreendidos celular, HD, pen drive e documentos. Anotações manuscritas encontradas em seu apartamento, com referências ao Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) e valores de R$ 150 milhões, reforçam as suspeitas.
Com o material obtido, os investigadores tentam entender se existia um esquema organizado para incluir aposentados em associações sem consentimento, gerando descontos mensais irregulares. O material apreendido pode revelar conexões entre funcionários, entidades e beneficiários.
O trabalho dos peritos é considerado essencial para identificar a escala do problema. Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, a fraude pode ser identificada inclusive por detalhes de como cada assinatura foi forjada, reforçando a robustez das provas colhidas.
O caso representa mais um desafio para o INSS e o governo federal, que já enfrentam ações judiciais relacionadas ao tema. A Justiça chegou a cobrar explicações urgentes do Executivo sobre os descontos indevidos, enquanto a AGU tenta evitar bloqueios de recursos e danos à imagem da instituição.
Fonte: G1 e CNN.
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