O Vaticano prepara uma das decisões mais simbólicas do planeta, e, curiosamente, ela também envolve um veículo. O conclave de 2025 vai definir não apenas o novo líder espiritual da Igreja Católica, mas também o próximo passageiro do Papamóvel, um dos automóveis mais reconhecidos do mundo. Enquanto a indústria se reinventa com SUVs eletrificados, o Papamóvel continua sendo uma peça única na garagem mais exclusiva do planeta — e, em breve, terá um novo ocupante ao volante simbólico da fé católica.
Pontos Principais
- Data de início: 7 de maio de 2025
- Número de eleitores: 133 cardeais
- Votos necessários: 89
- Local: Capela Sistina, Vaticano
- Fumaça branca: sinal de eleição concluída
- Favoritos: Pietro Parolin, Luis Antonio Tagle
- Outros nomes: Peter Turkson, Matteo Zuppi
- Grupos influentes: Ásia, Europa, África
- Temas debatidos: justiça, escândalos, futuro da Igreja
- Exclusão relevante: Cardeal Becciu
Com a morte do Papa Francisco no fim de abril, 133 cardeais com menos de 80 anos estão reunidos em Roma para eleger o novo pontífice. O processo ocorre na Capela Sistina, envolto em tradição, silêncio absoluto e protocolos que não mudam há séculos. Cada voto depositado pode indicar o caminho do próximo líder da Igreja, e, junto com ele, o estilo com que circulará pelo mundo a bordo do icônico veículo branco com proteção envidraçada. A fumaça branca — sinal da eleição — pode aparecer já nas próximas horas.

Entre os cotados, estão nomes com diferentes visões sobre o papel da Igreja no mundo contemporâneo. Mas para quem acompanha o universo automotivo, a curiosidade vai além da fé: qual será o estilo do novo Papa? Um perfil mais conservador que manterá o Papamóvel clássico ou alguém que poderá surpreender com uma abordagem mais moderna? A resposta virá logo, junto com o anúncio que movimentará não só a Praça São Pedro, mas também os holofotes voltados ao carro mais emblemático do Vaticano.
O que é um conclave?
Conclave é o nome dado ao processo de eleição de um novo papa na Igreja Católica. Esse evento ocorre quando o cargo de Sumo Pontífice está vago, seja por falecimento ou renúncia do papa anterior. A eleição é conduzida pelos cardeais da Igreja reunidos no Vaticano, em um processo cercado por tradições e regras específicas.
A reunião dos cardeais ocorre na Capela Sistina, onde permanecem isolados do mundo exterior até que seja escolhido o novo papa. Durante o conclave, os cardeais votam em rodadas secretas, com cada escrutínio sendo sinalizado ao público através da fumaça branca ou preta que sai da chaminé da Capela. A fumaça branca indica que o papa foi escolhido, enquanto a preta comunica que ainda não houve consenso.
O conclave segue normas estabelecidas na constituição apostólica Universi Dominici Gregis, publicada por João Paulo II e atualizada posteriormente. Essas regras visam garantir a lisura da eleição e evitar qualquer tipo de interferência externa, mantendo o sigilo absoluto sobre as deliberações entre os cardeais eleitores.
O que significa a palavra conclave?
A palavra “conclave” tem origem no latim cum clave, que significa “com chave” ou “trancado com chave”. O termo faz referência direta ao isolamento dos cardeais durante a eleição de um novo papa, reforçando a ideia de um processo fechado, sigiloso e protegido contra influências externas.
Historicamente, esse isolamento era literal: os cardeais ficavam trancados em uma sala, com acesso restrito, até que uma decisão fosse tomada. Isso visava evitar pressões políticas, disputas internas e possíveis interferências dos governantes da época, que frequentemente tentavam influenciar a escolha do novo líder da Igreja.
Hoje, embora os cardeais ainda permaneçam isolados durante o conclave, o termo “conclave” passou a ser utilizado em outros contextos para descrever reuniões importantes, reservadas e decisivas, especialmente aquelas que envolvem negociações sigilosas ou deliberações críticas.
Disputas internas e nomes cotados
As articulações entre os cardeais revelam um cenário sem um favorito absoluto. As apostas, no entanto, colocam o cardeal italiano Pietro Parolin como um dos nomes mais fortes, seguido pelo filipino Luis Antonio Tagle. Ambos são figuras conhecidas no meio eclesial e contam com apoio de diferentes correntes dentro do Colégio Cardinalício. Parolin, atual Secretário de Estado do Vaticano, tem perfil diplomático e experiência em negociações internacionais. Já Tagle é considerado uma figura de grande expressão na Ásia e carrega uma trajetória ligada ao trabalho pastoral e missionário.
Outros nomes também circulam entre as possíveis escolhas, como o cardeal ganês Peter Turkson, que já foi cotado em conclaves anteriores, e o italiano Matteo Zuppi, conhecido por seu envolvimento com ações sociais. A ausência de um candidato de consenso pode alongar o processo e abrir caminho para um nome inesperado surgir durante os dias de votação.
As votações ocorrem em dois turnos por sessão, sendo duas pela manhã e duas à tarde. O número necessário de votos para que um cardeal seja eleito é 89. O sinal de que uma escolha foi feita é dado pela tradicional fumaça branca que sai da chaminé da Capela Sistina. A primeira queima das cédulas ocorrerá por volta das 19h do dia 7, podendo já indicar um impasse logo de início.
Contexto, expectativas e posicionamento geográfico
A geopolítica interna da Igreja influencia diretamente o andamento do conclave. O bloco asiático, mais organizado, contrasta com a dispersão de votos entre os cardeais europeus, o que pode interferir no equilíbrio das rodadas iniciais. As reuniões pré-conclave trataram de temas como justiça social, combate à pobreza, questões ambientais e a condução da Igreja em um mundo cada vez mais secularizado. Essas pautas devem pesar nas escolhas e discursos durante os dias decisivos.
Com o falecimento do Papa Francisco, encerra-se um ciclo marcado por reformas internas e um olhar mais pastoral para as questões do cotidiano dos fiéis. A sucessão exigirá do novo pontífice a habilidade de conduzir a Igreja por temas como escândalos financeiros, crise de vocações, avanço de movimentos conservadores e relações inter-religiosas em contextos de tensão.
A participação de cardeais africanos e latino-americanos também pode influenciar as decisões, mas há dúvidas sobre a coesão desses grupos frente à articulação asiática. A expectativa é de que o novo Papa traga não apenas continuidade, mas também respostas a desafios ainda não solucionados desde o início do século.
Exclusões e ausência de consenso
Um dos episódios que antecederam o conclave foi a exclusão do cardeal Giovanni Angelo Becciu, condenado por irregularidades na gestão financeira da Santa Sé em 2023. Sua exclusão, determinada por Francisco, marca uma linha clara de corte com práticas questionadas dentro da Cúria Romana. Becciu não participará das votações e permanece afastado das funções eclesiásticas.
A falta de um nome natural para liderar a Igreja leva analistas a preverem uma disputa prolongada. Embora as primeiras votações já comecem no dia 7, é possível que os cardeais precisem de vários dias até chegar a um acordo que una diferentes visões sobre o futuro da instituição. A Capela Sistina, nesse sentido, volta a ser o espaço onde alianças discretas e movimentos estratégicos decidirão o rumo do catolicismo.
O mundo observa com atenção os sinais vindos do Vaticano. As apostas seguem abertas, mas o resultado só virá após a fumaça branca subir e um novo nome surgir na sacada da Basílica de São Pedro, saudando os fiéis com o tradicional anúncio: Habemus Papam.
Onde assistir?
O Conclave de 2025, que definirá o novo Papa, está sendo amplamente coberto por diversos meios de comunicação. Para acompanhar as atualizações em tempo real, você pode acessar os seguintes canais:
- EWTN: Transmissões ao vivo diretamente do Vaticano, incluindo análises e comentários sobre o andamento do conclave.
- G1: Cobertura com correspondentes no Vaticano, oferecendo lives e atualizações constantes sobre a eleição do novo Papa.
- CNN Brasil: Informações atualizadas sobre os horários das votações e previsões sobre a saída da fumaça indicando a escolha do novo pontífice.
O que é conclave na Igreja Católica?
Na Igreja Católica, o conclave é o rito formal e canônico por meio do qual os cardeais escolhem o novo papa. O evento é realizado apenas quando há vacância da Sé Apostólica, o que pode ocorrer em duas situações: a morte do pontífice ou sua renúncia voluntária, como aconteceu com Bento XVI em 2013.
Somente cardeais com menos de 80 anos têm direito a voto no conclave. Eles se reúnem na Capela Sistina, onde, sob rigoroso sigilo, realizam várias votações secretas até que um candidato atinja ao menos dois terços dos votos. A eleição pode durar de poucas horas a vários dias, dependendo do consenso entre os eleitores.
Após a eleição, o cardeal decano pergunta ao escolhido se aceita o cargo. Caso aceite, ele escolhe um nome papal e é imediatamente reconhecido como novo papa. O anúncio é feito ao público com a tradicional frase “Habemus Papam”, seguido pela primeira aparição do novo pontífice na sacada da Basílica de São Pedro.
Qual foi o conclave mais longo da história?
O conclave mais longo da história da Igreja Católica ocorreu entre os anos de 1268 e 1271, na cidade de Viterbo, na Itália. Após a morte do Papa Clemente IV, os cardeais levaram quase três anos para eleger um sucessor, resultado de intensas divisões políticas e disputas entre facções internas.
A situação chegou a um ponto tão crítico que os cidadãos de Viterbo tomaram medidas drásticas: trancaram os cardeais no palácio episcopal, reduziram sua alimentação e até removeram o teto do edifício para forçá-los a tomar uma decisão. A pressão surtiu efeito, e finalmente foi eleito o papa Gregório X, que não era nem mesmo cardeal na época.
Esse episódio levou à criação de regras mais rígidas para os conclaves, incluindo o isolamento dos cardeais e prazos mais definidos para a eleição. Desde então, nenhum outro conclave se aproximou da mesma duração, consolidando o evento de Viterbo como um marco de transição para processos mais ágeis e controlados na escolha papal.
Fonte: Wikipedia (1 e 2), Nationalgeographicbrasil, Veja e CNN.
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