Em abril, Curol foi a única brasileira escalada para o DGTL Amsterdam, um dos festivais mais respeitados do circuito eletrônico global. Mais do que um reconhecimento, essa participação trouxe também uma carga simbólica: representar o Brasil em um espaço de alta visibilidade, onde a curadoria preza por consistência, proposta e visão artística. A relação da artista com a plataforma DGTL, no entanto, vai além da pista — e passa por lançamentos, estúdio, radio show e presença confirmada em outras edições internacionais.
House Mag: Curol, você foi a única brasileira no DGTL Amsterdam este ano. Qual o peso de carregar essa representatividade em um palco tão estratégico?
Curol: Carregar essa bandeira é, antes de tudo, uma responsabilidade. Eu sei o quanto artistas brasileiros são talentosos e potentes, então estar nesse espaço — sozinha — é algo que me faz pensar sobre o quanto ainda temos a caminhar como cena globalmente integrada. Ao mesmo tempo, estar ali é uma chance de mostrar quem somos, com profundidade, com proposta, com identidade. Não fui pra representar apenas meu nome, fui sabendo que muitas pessoas estariam olhando pra mim como referência. E isso me move, me faz querer entregar ainda mais verdade em tudo que eu faço.
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House Mag: O DGTL é conhecido por ser uma plataforma muito mais ampla que apenas um festival. Como tem sido sua relação com a marca além das pistas?
Curol: Justamente por isso que a conexão tem tanto valor pra mim. Não é só sobre o show, é sobre estar inserida em uma plataforma que tem estúdio próprio, radio show, selo e um posicionamento muito claro sobre o que acredita artisticamente e socialmente. Gravei um episódio para o DGTL Radio, lançarei música pela label do DGTL e também estive com eles no estúdio. É uma troca criativa real, onde a música encontra espaço, mas também propósito.
House Mag: Como você construiu o set do DGTL Amsterdam? O que quis levar para essa pista?
Curol: Mesmo sendo um festival de projeção global, o DGTL mantém uma curadoria voltada ao universo underground. Minhas produções transitam entre o mainstream e o midstream, mas a proposta ali era outra — e fui com a intenção clara de dialogar com esse contexto, sem abrir mão da minha identidade. O resultado dessa entrega estará disponível em breve no SoundCloud oficial do festival.
House Mag: A sua carreira tem tomado proporções internacionais com cada vez mais consistência. Como você enxerga esse momento?
Curol: É um processo, e tudo que está acontecendo agora é reflexo de muito trabalho. Cada passo tem sido pensado com intenção, inclusive para que minha arte chegue em lugares que façam sentido. Me apresentar no DGTL em três países diferentes, estar no radar da label deles, participar do rádio show… tudo isso mostra que estou me conectando com o tipo de plataforma que eu acredito. E isso, pra mim, é tão importante quanto estar em grandes palcos.
House Mag: Quais são os próximos passos da Curol?
Curol: Além do DGTL Santiago, tenho mais lançamentos internacionais vindo aí, alguns projetos novos de estúdio e um planejamento de turnê que deve se consolidar ainda este ano. E sigo focada em construir uma trajetória sólida, onde cada movimento fale por si só — artisticamente e profissionalmente.
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