Memória: o dia em que alemães da trupe subiram de moto até metade das torres da Catedral

Os santa-cruzenses presenciaram um espetáculo de nível internacional em 1º de junho de 1957. Naquele dia, os alemães da trupe Zugspitz-Artisten subiram a pé, de bicicleta e de moto até a metade das torres da Catedral, equilibrando-se em um cabo de aço.

O show, de uma hora e meia, foi aplaudido nas maiores cidades do mundo. A passagem pelo Rio Grande foi patrocinada pela Casa Guaspari que, em Santa Cruz, era representada pela Casa Kraether. O espetáculo estava programado para três momentos: no dia 1º (sábado), às 20h30, e no domingo, às 10h30 e 20h30. Mas as apresentações dominicais foram canceladas devido à chuva. No sábado, mesmo com garoa, 6 mil pessoas lotaram a Praça Getúlio Vargas.

Inicialmente, um cabo de aço seria estendido horizontalmente, com uma ponta presa no edifício do Colégio São Luís e a outra no Colégio das Irmãs (Dom Alberto). Mas o plano mudou. Em entrevista à Gazeta, o empresário Max von Maercken explicou que os artistas ficaram tão impressionados com a beleza da paisagem formada pela praça e a Igreja Matriz (Catedral), que decidiram estender o arame sobre a praça até as torres.  “Foi o cenário mais extraordinário que vimos no Estado”, resumiu.

O cabo, de 200 metros, foi preso em uma das torres (na altura do relógio). Outra ponta foi fixada em uma timbaúva que existia onde hoje ficam os banheiros da praça. Ali era o ponto de partida e chegada. Para dar mais segurança, uma patrola foi estacionada em frente da antiga Ferragem Mailaender (Centro Comercial Tipuanas) onde foi amarrada uma extensão do arame. Eles caminhavam ou pedalavam até o vão central do templo, equilibrando-se com uma vara. Por ser uma subida muito íngreme, a moto subia 100 metros (até a Rua Ramiro Barcelos).

A apresentação em um arame inclinado aumentou as dificuldades e exigiu um grande esforço dos atletas. O grupo era formado por Miss Sylvia (21 anos), Alex Schack (28), Siegward Bach (26) e Rudi Berg (24). A divulgação advertia, em tom de brincadeira, que o “show era proibido para pessoas nervosas e cardíacas”.

Pesquisa: Gazeta do Sul.

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