A venda de ônibus no Brasil chegou a 6.796 unidades de janeiro a março de 2025, com crescimento de 27,82% na comparação com o primeiro trimestre de 2024, quando foram emplacados 5.317 ônibus. Também houve avanço em março deste ano (2.230 emplacamentos) em relação ao mesmo mês de 2024 (2.046 emplacamentos), com alta de 9%. Segundo dados da Fenabrave, federação que reúne as associações de concessionárias do país, a recuperação do segmento está sendo impulsionada especialmente pelas vendas feitas ao Governo Federal, por meio do programa “Caminho da Escola”. Já a produção de ônibus no Brasil chegou às 7.172 unidades no primeiro trimestre de 2025, avançando 10,5% sobre os três primeiros meses de 2024, conforme a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

A Mercedes-Benz manteve o habitual posto de marca de ônibus mais vendida do Brasil. Somou 3.339 emplacamentos de janeiro a março deste ano, com 49,13% de participação de mercado. Todavia, na comparação com os resultados do primeiro trimestre de 2024, a marca alemã viu sua “fatia” encolher – na época, suas vendas representavam 60% do mercado total de ônibus novos. Na segunda posição, ficou a Volkswagen, com 478 unidades (21,62%), seguida por Marcopolo, 806 unidades (11,86%), Iveco, 715 (10,52%), Volvo, 154 (2,27%), Scania, 121 (1,78%), BYD, 76 (1,12%), Agrale, 46 (0,68%), Induscar 44 (0,65%) e Higer 10 (0,15%).

Embora incipientes, os investimentos na eletrificação do transporte coletivo rodoviário em algumas grandes metrópoles brasileiras já vêm puxando as vendas dos ônibus carregáveis em tomadas. De janeiro a março deste ano, foram emplacados 163 ônibus elétricos no Brasil, com elevação de 239,58% ante os 48 licenciados no primeiro trimestre de 2024. Dez anos após a criação da sua fábrica de chassis de ônibus 100% elétricos em Campinas (SP), em 2024, a BYD tornou-se líder nacional da venda de ônibus elétricos. Este ano, nos três primeiros meses, a marca chinesa manteve a liderança no segmento ao emplacar 76 unidades. Sua conterrânea Higer, que traz ônibus elétricos da China para o Brasil desde 2022, emplacou dez unidades no primeiro trimestre. Fabricantes já instaladas há mais tempo no país, como a Mercedes-Benz e a Induscar, também começam a ganhar escala na produção de ônibus elétricos no Brasil, para abastecer o mercado nacional e a América Latina. Outras, como a Volvo, a Scania, a Iveco e a Marcopolo, têm projetos encaminhados de eletrificação para o segmento de transporte coletivo de passageiros.

Em termos de exportações, no primeiro trimestre de 2025, as fábricas brasileiras de ônibus enviaram para o Exterior 1.428 unidades, número 63,4% superior ao mesmo período de 2024, quando foram comercializados 874 chassis de ônibus “made in Brazil” no mercado internacional. O segmento de ônibus urbanos foi destaque ao liderar as exportações no primeiro trimestre, com 823 unidades enviadas para mercados estrangeiros.

Por Luiz Humberto Monteiro Pereira/AutoMotrix – Fotos: Divulgação
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