Instituto Crescer Legal comemora uma década de existência

Com mais de mil jovens impactados e uma grande lista de projetos realizados, o Instituto Crescer Legal completou nessa quarta-feira, 23 de abril, dez anos de dedicação à educação jovem rural. Criado em 2015 por iniciativa do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e empresas associadas, a entidade atua em 23 municípios dos três estados do Sul do Brasil. Seu propósito é levar oportunidades de qualificação aos adolescentes do meio rural, incentivando a permanência no campo e o combate ao trabalho infantil.

Em comemoração à data, um evento na manhã dessa quarta reuniu representantes da entidade, convidados e imprensa na sede do SindiTabaco em Santa Cruz do Sul. A gerente do instituto, Nádia Fengler Solf, ressaltou o trabalho feito pela equipe, associados e parceiros para desenvolver um modelo de formação para os adolescentes do meio rural – especialmente filhos de produtores de tabaco. 

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Nádia destacou algumas das iniciativas realizadas pelo instituto, além do Programa de Aprendizagem, o Programa Nós por Elas – A voz feminina no campo e o Programa Boas Práticas de Empreendedorismo para a Educação, lançado recentemente. “É uma caminhada muito bonita, de excelentes resultados, mas acima de tudo, de histórias e vidas transformadas”, afirmou em entrevista à Rádio Gazeta 107,9 FM

O encontro contou ainda com a divulgação dos resultados de uma pesquisa de impacto feita em fevereiro e março deste ano com egressos do programa. O estudo foi conduzido pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis).

Um dos dados levantados foi sobre a sucessão rural sustentável propiciada, que apontou que cerca de 48% dos jovens aumentaram seu interesse em ser sucessor na propriedade rural após o programa. Além disso, 49% adquiriram mais interesse em permanecer no meio rural e 49% sentem que ganharam mais voz na propriedade.

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O presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, comemorou o resultado da pesquisa e afirmou que a entidade está no caminho certo. “Já sentíamos isso pelo depoimento dos jovens, de que realmente havia um crescimento pessoal e profissional.” Thesing falou ainda da importância de manter os jovens no meio rural, seja na cultura do tabaco ou nas demais existentes, já que o País tem grande carência nesse aspecto. 

Para o futuro, a entidade se manterá atenta às demandas do mercado e ao uso estratégico da tecnologia. Nádia Solf ressalta que estar conectado com as inovações e preparar os jovens para o mundo do trabalho, especialmente no campo, é um dos compromissos permanentes da instituição. A missão será seguir crescendo de forma conectada com a realidade das comunidades, sem perder a essência que guiou a primeira década de trabalho.

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Outros dados

  • Valorização da identidade rural – 55% dos jovens passaram a valorizar mais a cultura local e 45% passaram a valorizar mais a profissão de agricultor.

  • Aumento da qualificação profissional – 80% aumentaram seus conhecimentos em empreendedorismo e gestão rural e 73% afirmaram que a qualificação recebida os ajudou a acessar novas oportunidades.

  • Desenvolvimento de competências protagonistas – 71% melhoraram suas habilidades de comunicação e expressão pessoal, 65% desenvolveram o pensamento crítico, 65% se tornaram mais engajados com a comunidade e 57% se tornaram mais proativos após o Programa.

  • Aumento do grau de escolaridade – 87% dos jovens participantes da pesquisa, que têm entre 14 e 26 anos, completaram o Ensino Médio ou ingressaram no Ensino Superior. Outros 58% passaram a valorizar mais a formação escolar e mais de 49% adquiriram interesse em se formar em cursos das ciências agrárias ou licenciaturas. Além disso, 21% percebem que houve melhoras em seu desempenho escolar com a participação no programa, e 16%, que houve melhoras em sua frequência à escola no período.

  • Diversificação das possibilidades de atuação profissional 40% dos egressos que residem em propriedades rurais falam de novas culturas em sua propriedade após o programa. Também 74% ampliaram suas redes de parcerias, enquanto 72% passam a enxergar novas possibilidades de atuação profissional.

  • Aumento da segurança financeira – Um terço dos participantes relatou aumento do acesso a bens e serviços que melhoram sua qualidade de vida após o programa, enquanto 63% percebem maior contribuição para a renda familiar.


Colaborou John Kaercher Machado

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