
Dia 24 de abril é o dia nacional do milho, principal ingrediente para o preparo do cuscuz. Ciclo da Borracha é um dos motivos da chegada do prato no Norte; entenda. Aprenda a fazer galinha guisada e carne de sol na nata para comer com cuscuz no Chef JPB
TV Cabo Branco/reprodução
Cuzcuz com café, ovo, leite ou até uma versão doce, no café da manhã, almoço e até na janta. São vários os jeitos de degustar o prato que é a cara de Rondônia. Mas você sabe onde surgiu e o porque da massa amarela do milho ser tão popular no estado?
No Dia Nacional do Milho, principal ingrediente para o preparo do cuscuz, , comemorado dia 24 de abril, o g1 te convida a embarcar em uma conversa com o historiador Aleks Paliot, que volta no tempo para explicar como um prato típico do Nordeste se tornou o queridinho do Norte.
Um dos períodos que marcaram a introdução do cuscuz no território futuramente nomeado de Rondônia é o Ciclo da Borracha. Segundo Aleks Paliot, a região recebeu uma grande migração de nordestinos e povos de vários estados.
Os “soldados da borracha” fugiam da seca e chegaram a Rondônia com suas bagagens, cultura e principalmente o cuscuz.
Uma pequena volta no tempo
A história do grãozinho começa antes da combinação entre as culturas do Norte e Nordeste, a origem do prato não é brasileira e sua chegada está ligada a uma época em que pessoas eram separadas de suas famílias e comunidades e obrigadas a viajar em condição cruéis.
Migrantes chegando no Norte
Acervo Aleks Palitot
Segundo Palitot, o cuscuz veio do continente africano para o Brasil nos navios tumbeiros com os escravizados que eram obrigados a trabalharem com a produção açucareira no Nordeste. De acordo com Paliot foi assim que o alimento foi introduzido na culinária nordestina.
O cuscuz não é somente um alimento: o prato simboliza a identidade desses povos que, por diferentes motivos, tiveram que deixar seu lar.
A mistura e a combinação de diferentes culturas é o motivo para o alimento ser tão popular entre os rondonienses, que hoje após adaptações do prato consomem de diferentes formas e horários.
“Houve um sincretismo gastronômico cultural, entre os nordestinos e os ‘beiradeiros’. Foi assim que o alimento se tornou típico aqui”, conclui o historiador.
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De onde vem o que eu como: Milho