
“E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue que corriam até ao chão.” (Lucas 22:44)
Isso ocorreu enquanto Jesus orava intensamente no Getsêmani. O texto bíblico revela que Jesus viveu uma tremenda agonia, a ponto de seu suor se tornar grandes gotas de sangue caindo sobre a terra.
A agonia vivida por Jesus nos momentos que antecederam sua crucificação não foi causada por medo da morte física, mas pela associação de sua morte com o pecado. São Paulo explica à igreja de Corinto: “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós” (2 Coríntios 5:21a). O apóstolo quis dizer que Deus imputou a Jesus os pecados de todos os seres humanos, desde Adão e Eva, que pecaram no Jardim do Éden. Jesus carregou nossos pecados na cruz e sofreu a penalidade que merecíamos, para que, Nele, fôssemos feitos justiça de Deus. Em Sua graça, Deus recusou-se a computar nossos pecados contra nós, e todo o peso recaiu sobre Jesus, que já sentia tamanho fardo. Seu estado psicológico estava dilacerado, combinado com profunda angústia. A Bíblia informa que até mesmo um anjo do céu apareceu para confortá-lo.
É possível, embora extremamente raro, que alguém sue sangue. Esse fenômeno é conhecido como hematidrose. O extremo estresse físico e psicológico pode provocar a dilatação dos vasos subcutâneos, que se misturam à transpiração, e os pequenos coágulos de sangue tingem de vermelho as gotas de suor. Isso nos dá uma ideia do que Jesus estava sentindo naquele momento. Nós fomos a causa principal de Jesus ter suado sangue. Nosso pecado foi a razão de seu castigo. Nele estava toda a nossa culpa.
Tudo por amor! Essa foi a grande prova do maravilhoso amor de Deus. Jesus já havia falado sobre sua entrega para morrer por nós, como está escrito: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (João 3:16-17). Se analisarmos detalhadamente o que Jesus padeceu, percebemos a grande dimensão desse amor, abrangendo sua profundidade, largura e cumprimento, e chegamos a uma única conclusão: ele é imensurável.
A saudosa dupla Curió e Canarinho cantava a linda canção: “Se o mar fosse tinta, o céu fosse papel e todas as árvores da terra se transformassem em pincéis, ainda assim seria impossível descrever o imensurável e inefável amor de Deus…” Jesus é a grande e maravilhosa demonstração do amor de Deus por toda a humanidade.
Deus te abençoe e feliz Páscoa!