A 11ª Conferência das Partes (COP 11) esteve na pauta da 75ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco realizada nessa quinta-feira, 10, no município de Cachoeira, na Bahia. Romeu Schneider, presidente da Câmara, colocou em pauta a oficialização do Grupo de Trabalho voltado às discussões sobre a COP 11, com encaminhamentos previstos junto ao governo federal, visando a participação mais ativa dos produtores de tabaco nas discussões.
O deputado federal Rafael Pezenti esteve presente no encontro e se manifestou sobre seu projeto de lei que modifica a composição da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CONICQ). A CONICQ é responsável por formatar a posição brasileira levada para as Conferências das Partes, encontros realizados entre os países que aderiram à Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT). Em 2025, o evento será realizado no mês de novembro, em Genebra, na Suíça.
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“Atualmente, a CONICQ tem 16 membros e nenhum deles defende efetivamente os produtores de tabaco. Buscamos assento para essa representação e queremos provocar essa discussão. Participei de uma COP, no Panamá, e foi uma humilhação, uma vergonha. Mesmo com a procuração do povo, como deputado federal, não pude acompanhar uma sessão bancada com o dinheiro público”, enfatizou Pezenti.
O presidente da Afubra, Marcilio Drescher, falou sobre o andamento da safra 2024/2025. Segundo ele, cerca de 30% da safra já está comercializada. “Com a boa produtividade, a estimativa é de uma safra em torno de 700 mil toneladas. Não se trata de uma super safra, mas sim de uma safra normal, que considera a recuperação da produtividade perdida na safra anterior e o aumento previsto da área plantada, em torno de 10%”, comentou.
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Valmor Thesing, presidente do SindiTabaco, apresentou os resultados de exportação de 2024 e a expectativa para 2025. “Fechamos 2024 com um resultado extremamente satisfatório. Só não batemos o recorde em dólares por questões logísticas, mas o tabaco terminou o ano como o segundo produto na pauta de exportações de Rio Grande do Sul, atrás somente do complexo soja”, frisou Thesing.
Segundo ele, pesquisa conduzida pela Deloitte estima que, em 2025, os embarques devem ser superiores aos de 2024, na faixa de 10% a 15%, tanto em dólares, quanto em volume. Entre janeiro e março, o Brasil exportou 104 mil toneladas e US$ 744 milhões, -1,78% e +12,85%, respectivamente, em comparação com 2024, segundo dados do ComexStat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. China, Bélgica, Indonésia, Estados Unidos e Emirados Árabes estão entre os principais destinos no primeiro trimestre de 2025. Na sequência, Thesing apresentou ao grupo o Projeto Solo Protegido, iniciativa do SindiTabaco em parceria com a Embrapa.
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Os impactos da reforma tributária no setor do tabaco foram abordados pelo executivo da Abifumo, Edmilson Alves. O encontro foi encerrado com a apresentação de João Nicanildo Bastos dos Santos, do Departamento de Gestão de Riscos da Secretaria de Política Agrícola do MAPA, que fez uma apresentação sobre Regeneração do Solo e Oportunidades de Créditos de Carbono como Mitigador de Riscos na Cadeia Produtiva do Tabaco.
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