Prefeitura de São Paulo entrega 115 novos ônibus elétricos e amplia frota sustentável no transporte público

A movimentação no Sambódromo do Anhembi marcou mais uma etapa da transformação do transporte público na cidade de São Paulo. A prefeitura apresentou 115 novos ônibus elétricos que passam a integrar a frota municipal, ampliando o número total de veículos movidos por fontes de energia limpa. A novidade desta vez vai além da tecnologia de propulsão: cinco desses ônibus estão equipados com câmeras inteligentes, conectadas ao sistema de monitoramento urbano da capital.

Pontos Principais:

  • Prefeitura entrega 115 novos ônibus elétricos, cinco com câmeras integradas ao Smart Sampa.
  • Frota total chega a 728 ônibus não poluentes, sendo 527 movidos à bateria e 201 trólebus.
  • Câmeras inteligentes identificam foragidos, registram crimes e ajudam a proteger as mulheres.
  • Veículos têm ar-condicionado, Wi-Fi, conexão USB e operam em todas as regiões da cidade.
  • Investimento de R$ 242 milhões com aquisição por modelo de subvenção.

A entrega dos veículos foi acompanhada pelo prefeito Ricardo Nunes, que destacou o impacto direto dessa iniciativa na redução das emissões de dióxido de carbono. Segundo ele, cada ônibus elétrico substitui o consumo anual de 35 mil litros de óleo diesel. Essa substituição representa uma economia ambiental significativa, contribuindo para diminuir a emissão de mais de 10 mil toneladas de CO₂ por ano na atmosfera da cidade.

A cidade de São Paulo reforçou sua frota sustentável com 115 novos ônibus elétricos, apresentados no Sambódromo do Anhembi, em evento com autoridades municipais.
A cidade de São Paulo reforçou sua frota sustentável com 115 novos ônibus elétricos, apresentados no Sambódromo do Anhembi, em evento com autoridades municipais.

A ampliação da frota é acompanhada por uma estratégia voltada também à segurança. As câmeras instaladas nos cinco ônibus fazem parte do programa Smart Sampa e permitem o monitoramento em tempo real das viagens. Esses equipamentos já estão integrados ao sistema de vigilância da cidade, o que permite, entre outras funções, a identificação de foragidos da Justiça, o registro de furtos e o monitoramento de casos de assédio.

Integração com o Smart Sampa

Cinco dos novos veículos contam com câmeras inteligentes conectadas ao programa Smart Sampa, capazes de identificar foragidos e registrar crimes durante os trajetos.
Cinco dos novos veículos contam com câmeras inteligentes conectadas ao programa Smart Sampa, capazes de identificar foragidos e registrar crimes durante os trajetos.

A inclusão de câmeras inteligentes nos ônibus insere a mobilidade urbana na lógica de vigilância digital do Smart Sampa. Os cinco primeiros veículos com esse sistema pertencem às concessionárias Campo Belo, Norte Buss e Movebuss. Cada ônibus recebeu duas câmeras: uma instalada na parte dianteira e outra na parte traseira, com transmissão contínua de imagens para a central de monitoramento.

O secretário municipal da Segurança Urbana, Orlando Morando, afirmou que a medida amplia a sensação de proteção dos passageiros, especialmente das mulheres, que são alvos frequentes de assédio. Segundo ele, apenas a implementação das câmeras já justificaria um evento de lançamento, destacando o duplo impacto dessa entrega: além da descarbonização da frota, há o reforço à segurança pública.

A tecnologia das câmeras também será utilizada na identificação de pessoas desaparecidas e na prevenção de conflitos dentro dos ônibus. Esses recursos estão em sincronia com o sistema de dados da segurança pública da cidade e operam com suporte de inteligência artificial, o que amplia as possibilidades de atuação preventiva durante o trajeto dos coletivos.

Avanço na eletrificação da frota

As câmeras foram instaladas na parte dianteira e traseira dos ônibus, transmitindo imagens em tempo real para a central de monitoramento da segurança urbana da cidade.
As câmeras foram instaladas na parte dianteira e traseira dos ônibus, transmitindo imagens em tempo real para a central de monitoramento da segurança urbana da cidade.

Com a nova remessa de 115 unidades, São Paulo passa a contar com 728 ônibus elétricos. Desses, 527 são movidos por baterias e 201 são trólebus, todos atendendo a diversas regiões da cidade. A prefeitura tem buscado alternativas de financiamento para ampliar essa frota, e os veículos entregues foram adquiridos por meio do modelo de subvenção, com investimento total de R$ 242 milhões.

Segundo a Secretaria de Mobilidade e Transporte (SMT) e a SPTrans, os novos ônibus operam nas linhas geridas pelas empresas Movebuss, Sambaíba, Express, Transcap e Campo Belo. A frota é composta por modelos Padron, de 13 e 15 metros, e também por veículos do tipo Básico. Os ônibus já vêm equipados com ar-condicionado, conexão USB e Wi-Fi, oferecendo recursos que atendem às exigências técnicas atuais para o transporte coletivo urbano.

A maior dificuldade para acelerar a eletrificação, segundo o prefeito, está na infraestrutura de recarga. Ele afirmou que o número de ônibus elétricos entregues poderia ser maior se houvesse uma resposta mais ágil da empresa fornecedora de energia da cidade. A ausência de suporte estrutural nas garagens das concessionárias limita a capacidade de recarregar os veículos durante os intervalos operacionais.

Perspectivas para a mobilidade urbana

Além da vigilância, o sistema visa coibir assédios, furtos e desentendimentos, oferecendo mais segurança e proteção aos passageiros, especialmente para as mulheres.
Além da vigilância, o sistema visa coibir assédios, furtos e desentendimentos, oferecendo mais segurança e proteção aos passageiros, especialmente para as mulheres.

A frota total da cidade é composta por mais de 12 mil ônibus, que percorrem diariamente mais de 2 milhões de quilômetros, transportando mais de 7 milhões de passageiros. A meta da prefeitura é ampliar o percentual de veículos movidos por energia limpa, reduzindo gradativamente a dependência do diesel e das tecnologias poluentes tradicionais.

O secretário de Transportes e Mobilidade Urbana, Celso Caldeira, afirmou que a entrega reforça o compromisso da administração com a mobilidade sustentável. Além da eletrificação da frota, a SPTrans estuda outras alternativas, como a introdução de ônibus movidos a gás natural e biometano, numa tentativa de diversificar as fontes de energia utilizadas no sistema de transporte.

A longo prazo, a cidade pretende consolidar sua posição como líder nacional na adoção de tecnologias sustentáveis em transporte público. De acordo com a plataforma E-Bus, São Paulo já detém a maior frota de ônibus elétricos do país, o que a coloca em posição de destaque no cenário global de transição energética para mobilidade urbana.

Impressões da operação diária

Com a nova entrega, a frota elétrica de São Paulo chega a 728 veículos não poluentes, sendo 527 movidos à bateria e 201 trólebus, operando em todas as regiões da cidade.
Com a nova entrega, a frota elétrica de São Paulo chega a 728 veículos não poluentes, sendo 527 movidos à bateria e 201 trólebus, operando em todas as regiões da cidade.

Entre os primeiros a receberem as chaves dos novos ônibus estão motoristas como Erika Nogueira Oliveira, com 17 anos de experiência. Ela relata que a operação dos novos veículos é mais tranquila, graças ao sistema elétrico, que proporciona um deslocamento mais suave em comparação com os modelos convencionais.

Segundo Erika, as câmeras devem ter um efeito inibidor em situações de assédio, furtos e até mesmo em brigas entre passageiros. A presença do monitoramento constante pode modificar o comportamento dos usuários durante as viagens, contribuindo para um ambiente mais seguro dentro dos coletivos.

A operação diária dos novos veículos será distribuída por todas as regiões da cidade. Isso garante que o impacto positivo da tecnologia e das iniciativas de segurança não se restrinja a áreas centrais, alcançando também os bairros mais afastados. O objetivo, segundo a prefeitura, é tornar o transporte público mais eficiente, seguro e ambientalmente responsável.

Impactos ambientais e urbanos

Cada ônibus elétrico evita o uso de 35 mil litros de diesel por ano, o que representa uma economia ambiental com mais de 10 mil toneladas de CO₂ deixadas de emitir anualmente.
Cada ônibus elétrico evita o uso de 35 mil litros de diesel por ano, o que representa uma economia ambiental com mais de 10 mil toneladas de CO₂ deixadas de emitir anualmente.

Com a substituição dos ônibus a diesel por modelos elétricos, a cidade reduz de forma direta a emissão de poluentes atmosféricos. Os novos veículos evitam a liberação de mais de 10 mil toneladas de dióxido de carbono por ano, além de contribuírem para a redução do ruído urbano, que afeta especialmente áreas residenciais e escolares.

A medida também se insere na estratégia da Secretaria Municipal de Mudanças Climáticas, que busca alinhar São Paulo aos compromissos internacionais de neutralidade de carbono. O secretário Renato Nalini afirmou que o impacto das mudanças será percebido ao longo dos anos, com melhorias na saúde da população e na expectativa de vida das futuras gerações.

O avanço no uso de veículos elétricos é visto como um passo necessário no enfrentamento das consequências da urbanização e da crise climática. A prefeitura aposta no pioneirismo como forma de impulsionar novas políticas públicas voltadas à sustentabilidade, fazendo da cidade um laboratório de soluções integradas de mobilidade e meio ambiente.

Fonte: Pref-SP.

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