Afastamento de superintendente do DNIT após queda de ponte é prorrogado por mais 60 dias

Ponte sobre o Rio Tocantins, entre Tocantins e o Maranhão, desabou em dezembro de 2024 — Foto: Ademir dos Anjos/Governo do Tocantins

O afastamento do superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Tocantins, Renan Bezerra de Melo Pereira, foi prorrogado por mais 60 dias e ele ficará afastado até o dia 13 de maio. A decisão foi publicada em uma portaria do Diário Oficial da União. Renan e outros três servidores foram afastados em janeiro deste ano durante as investigações sobre a queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO).

Conforme a portaria, o superintendente ficará afastado sem prejuízo da remuneração. Nesse período, o servidor Flávio Ferreira Assis responderá pelo órgão como superintendente substituto. O documento foi publicado no dia 17 de março e assinado pelo do ministro dos Transportes, Renan Filho.

Durante o afastamento, Renan Bezerra deverá permanecer à disposição do DNIT informando endereço, telefone e outros meios de contato para eventuais convocações. Assim como os servidores, que não tiveram os nomes divulgados, mas ocupam os cargos de coordenador de engenharia, chefe de serviço de manutenção e chefe da Unidade Local de Araguaína.

A portaria que determinou o afastamento do superintendentes e servidores foi publicada no dia 17 de janeiro no Diário da União. Na época foi informado que a medida poderia ser estendida por mais 60 dias.

Desabamento da ponte

A ponte, que liga as cidades Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), desabou no dia 22 de dezembro de 2024. Um homem sobreviveu, 14 pessoas morreram e três ainda estão desaparecidas. Dez veículos, entre carros, motos, caminhonetes e caminhões caíram no rio Tocantins. Dois dos caminhões carregavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e outro 22 mil litros de defensivos agrícolas.

O desabamento aconteceu após o vão central da ponte ceder, segundo o DNIT. O momento em que estrutura caiu foi registrado pelo vereador Elias Junior (Republicanos). Semanas depois do acidente, ele contou em entrevista e falou como foram os dias após o colapso da estrutura e os impactos gerados para toda a população da região.

Implosão e nova ponte

Após o desabamento do vão parte da ponte ficou de pé. Para que outra seja construída no local, foi necessário a implosão da estrutura remanescente. No dia 2 de fevereiro, 250 kg de explosivos foram acionados e derrubaram o que havia restado da Juscelino Kubitschek.

O engenheiro de minas Manoel Jorge Diniz Dias foi o responsável pela implosão da ponte. Os explosivos foram disparados por etapas, com uma diferença de milésimos de segundos. A implosão durou menos de 15 segundos.

A nova ponte deverá ser construída com 100 metros a mais de extensão que a anterior. O comprimento total da estrutura será de 630 metros, com um vão livre de 150 metros. Segundo o DNIT, as obras devem ser entregues até o dia 22 de dezembro deste ano.

Um consórcio foi contratado pelo Departamento para reconstrução da ponte, que ficará sobe a responsabilidade das empresas: Construtora A. Gaspar S/A e Arteleste Construções Limitadas. O valor total do contrato é de R$ 171.969.000.

Fonte: g1 Tocantins

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