De olho no pavilhão à direita

Começa hoje a 23ª edição da Expoagro Afubra. O evento receberá milhares de pessoas, que, em especial, atuam na produção rural, em busca de mais conhecimento, de novos equipamentos e técnicas inovadoras, que possam representar maior produtividade com menor custo. E as novidades são muitas. O espaço do parque, em Rincão Del Rey, é gigante e, ainda assim, já se torna pequeno diante de tantos expositores interessados em mostrar o resultado de suas pesquisas e dispostos a apresentar possibilidades de bons negócios para quem vive do setor primário. É uma agenda imperdível, que se estende até a sexta-feira.

Mas… e os shows nacionais? E quais serão as grandes atrações para atrair um elevado público durante a programação? Na verdade, serão mostrados nos tantos estandes shows internacionais, que podem significar a quebra de paradigmas e a completa mudança no sistema produtivo, representando desenvolvimento para um setor que é tão castigado por uma infinidade de fatores, como o clima: se chove muito, é problema; se o sol está muito presente, também; se o frio não vier de forma moderada, pode prejudicar; mas se ele não vier, a consequência é outra. Enfim, não faltam complicadores. Quando boas ideias chegam, vale muito mais do que dançar o “digue, digue, digue, iê” ou pular até “levantar poeira”.

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Tudo isso é fundamental para o produtor e vital para o desenvolvimento da propriedade. Mas, e para quem é gaúcho de apartamento, que, no máximo, consegue colher umas folhas de alface na floreira? Será que tem atrativos? Animais, com ainda mais espaço no parque, equipamentos inovadores estarão lá também para esse público. Tenho que admitir: por mais que todos os segmentos sejam atrativos, pela curiosidade jornalística, há um grupo de 216 expositores que conseguem a minha atenção sobremaneira. São aqueles que integram o Pavilhão da Agricultura Familiar.

Ao entrar nesse local, à direita de quem acessa o parque pelo portão principal, é possível sentir o aroma de boas compras e bons produtos. São compotas, queijos, linguiças, bebidas, cucas, pães, bolachas, em uma variedade tal que dá vontade de levar tudo para casa. E, a cada ano que passa, vão-se ampliando a qualidade, a diversidade e a atenção dada para detalhes, como as embalagens, as formas de apresentação, a multiplicidade de sabores e saberes, que avançam nas propriedades daqueles que, em uma pequena área de terra, conseguem grandes resultados. É mais do que só pensar em comer, como se portaria a personagem Magali, da Turma da Mônica. É reconhecer tarefas como “debulhar o trigo, recolher cada bago do trigo, forjar no trigo o milagre do pão. E se fartar de pão”, como canta Chico Buarque em Cio da Terra.

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