Tô chegando…

Desde a última segunda-feira, com alterações na grade da 107,9, estou à frente de um quadro muito especial: o Alô Comunidade! A proposta é levar e estar com os microfones da Gazeta nas ruas e ouvir a população. Eu gosto de estar perto das pessoas, de ouvi-las e de alguma forma auxiliar. Vivenciando os dias de folia, optamos por abrir o quadro mostrando os bastidores das escolas de samba.

O cotidiano dos barracões, como se organizam, até chegar ao grande momento de se apresentar na passarela. Para quem não conhece ou nunca esteve nos preparativos de uma agremiação, preciso dizer: respeitem! São meses de preparação, dias intermináveis para confecção, ensaios, detalhes, ajustes de última hora, gastos, imprevistos e muito mais. E apenas 55 minutos, no máximo, em um único dia, para mostrar todo o esforço e o empenho.

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Por ordem de desfile, visitamos, eu e meu fiel escudeiro Willian Thiel, as escolas, uma a uma. Conversei com dirigentes, carnavalescos, integrantes e auxiliares. Além de brilho, purpurina e cola quente, nos deparamos com o forte calor da semana e, mesmo assim, o povo seguia lá, a mil. A primeira foi a Imperatriz do Sol, que abrirá o desfile neste sábado. A escola tem base no Bairro Faxinal Menino Deus, mas, como gosta de frisar o presidente, Cristiano Calisto, é a escola do povo, de todos!

A família do presidente estava lá, com a mão na massa, literalmente. Conversei com a esposa e com a mãe, dona Zefa; me contaram que ela faz um pastel de dar água na boca. Agora espero o convite para saborear o pastel da Zefa! Mas focamos o Carnaval. A Imperatriz contará a história de Xangô, e ele estava sendo finalizado na segunda-feira em grande escultura. Adereços carregados de simbologia eram concluídos em trecho de sombra, com muitas garrafas de água. E nossa equipe foi agraciada com aguinha gelada e refrizinho!

Em seguida, fomos à Império da Zona Norte. Lembro bem do áudio: “Aline, estamos com praticamente tudo ensacado”. Na gravação, a voz da Marli Câmara, que integra a diretoria como tesoureira, mas quem é do Carnaval sabe que ela é a “cara” da Escola. Foi na casa dela que a Império nasceu e foi lá que gravamos nosso material. Morada que se torna uma extensão do barracão.

Realmente, muita coisa ensacada, separada, organizada, pronta, esperando pelos componentes. Mas bem à mostra estavam os majestosos troféus conquistados pela multicampeã. Neste ano vão falar sobre o teatro Mambembe, e era possível ver muita cor entre os pacotes já guardados. Aproveitamos e visitamos o barracão dos carros, local guardado com muito carinho por Sérgio Ávila, responsável pela montagem dos veículos de quatro das cinco escolas de Santa Cruz. Lá, pudemos registrar um pouco do que a Império vai trazer à avenida. Garanto que tem muita cor, luz, brilho e alegria.

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A Acadêmicos do União é a terceira a desfilar neste sábado; e foi nossa terceira visitada. A escola é a mais antiga de Santa Cruz e conquistou inúmeros títulos, inclusive os dois últimos competitivos. Fomos até a sede, na Júlio de Castilhos, conferir a turma nos arremates finais. A presidente Marta Nunes nos aguardava, enquanto separava materiais para concluir uma ala.

O Uniãozinho promete voo encantado ao Nordeste colorido e cheio de ritmos. A ala das baianas vem de Rainhas Africanas, disse a coordenadora, Maria Barreto. Garantiu que o samba neste ano faz referência a ela, no trecho “Maria Bonita sou teu Lampião”. Ela diz que é Maria e é bonita. A Acadêmicos quer o tri em 2025.

Exu é tema do samba da Imperadores do Ritmo neste ano. Que fez aposta em alegorias grandiosas, tripés altos e um carro que vai chamar muita atenção na avenida. As esculturas gigantes foram produzidas por artistas vindos direto de Parintins. O vermelho, o preto e o branco vão predominar quando a escola passar. Mas o colorido não vai ser esquecido, com alas em amarelo, verde e laranja.

O Zé Pilintra, cantando no samba, vai impressionar quem for prestigiar a escola, que é a quarta na ordem do dia. O pedido do presidente, Edinei Martins, e de todos os membros da Imperadores é de que o sonho aconteça: vencer pela primeira vez o Carnaval de Santa Cruz, algo inédito em 20 anos de história da escola.

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Para fechar a noite de desfiles, a Unidos de Santa Cruz canta o Brasil de Norte a Sul. No barracão, o carro alegórico retrata as lendas e as tradições do povo gaúcho. Elementos característicos estarão em evidência, como o cavalo, o chimarrão e figuras importantes da história. Quem abre o desfile é o tripé que traz o Elefante, símbolo da escola, seguido de muitas surpresas para o público.

A promessa de todas as escolas é de um show na noite deste sábado! E quem não puder comparecer, nós, da Gazeta, mostraremos em áudio e imagem a magia do Carnaval através da nossa transmissão! Alô Comunidade! Viva a arte, viva a cultura, viva o Carnaval!

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