Tretas políticas tocantinenses X quem se posiciona sobre os quilombos?

Maju Cotrim

Num Estado onde por vezes as polêmicas de cunho político ganham mais destaque do que assuntos sociais, é preciso alertar para a necessidade de que pautas sensíveis também sejam assumidas por parlamentares.

Houve mais uma casa incendiada no quilombo Rio Preto em Lagoa do Tocantins, o que precisa de posicionamento também dos políticos em geral e da preocupação com relação ao clima de violência e ameaça que aquela comunidade vive há tempos. É preciso que lideranças políticas também externem suas indignações diante de tanta violação de direitos. Seja nas redes sociais, seja com uma visita aos quilombolas, demonstrando o reconhecimento que a vida deles importa!

As tribunas, requerimentos, audiências públicas e tudo que puder somar para dar visibilidade à necessidade de proteção àqueles que representam resistência e ancestralidade é importante neste contexto. Todos podem, com certeza, ajudar com suas lideranças políticas, basta querer!

O governo estadual, é preciso que se diga e reconheça, é de fato um divisor de águas na questão racial e de apoio aos povos tradicionais no Tocantins, não só com a criação de secretarias específicas, mas com o olhar de fato direcionado para essa temática com dívida histórica. Os desafios, porém, são gigantes na área social e quando o assunto são direitos humanos, precisa-se de uma ampla força tarefa política e institucional em prol do quilombo Rio Preto!

A comunidade precisa de proteção, de apuração sobre os episódios de violência e isso é um assunto urgente, do momento que está aí incomodando em meio a apelos dos seus líderes! Uma força tarefa política estadual e federal com certeza vai mobilizar até o governo federal em prol não só do quilombo, mas da garantia de direitos!

O Tocantins vive um momento propício para isso, com abertura do governo e com muitos políticos sensíveis a várias causas! Para agora, 2025, esse é um dos desafios dentre tantos no Tocantins. Para os apressados já pela eleição de 2026, com certeza há muito tempo para essas articulações, já a vida dos quilombolas que estão vivendo com medo infelizmente precisa de ação agora! Mais importante do que quem briga com quem ou quem manda indiretas para quem, estão as vidas dos irmãos quilombolas que não conseguem nem dormir com medo!

A causa quilombola precisa importar politicamente!

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