Empresário nega que provocou incêndio em apartamento da ex-namorada na Ponta Verde, Maceió

Marcello Gusmão concedeu entrevista coletiva ao lado do advogado Welton Roberto nesta quarta-feira (12). Empresário nega que provocou incêndio em apartamento da ex-namorada na Ponta Verde, Maceió
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (12), o empresário suspeito de ter incendiado o apartamento da ex-namorada, a empresária Mariana Maia, na Ponta Verde, em Maceió, negou que provocou o incêndio e deu sua versão sobre a briga com a ex. Marcello Gusmão concedeu a entrevista ao lado do advogado Welton Roberto.
Mariana afirmou que Marcello colocou fogo no apartamento dela após uma discussão que resultou no término do namoro. O motivo seria impedi-la de viajar para a Itália, versão que foi negada por ele.
“Eu sou inocente, eu não tenho nada a ver com o que aconteceu. Nunca fui contra a viagem da Mariana. Se eu não quisesse que ela viajasse, seria a coisa mais simples impedir ela de viajar, seria cancelar essa passagem”, afirmou Gusmão.
Marcello disse que Mariana ficou chateada porque ele desistiu de viajar por não ter condições financeiras no momento.
“Eu não iria viajar. Eu expliquei à mãe dela, tem mensagem no meu WhatsApp. Eu fiz ata notarial de tudo isso, de todo o porquê que eu não tinha como viajar. Eu tenho um negócio, eu não tenho renda fixa como a Mariana tem. Fiquei sabendo que ela não tinha nenhum euro para viajar com a criança, com a menor. Me prontifiquei. Falei com a mãe dela. Disse que ajudaria ela com essa questão dos euros, só que não conseguiria ir. Foi tudo isso que culminou na discussão que tive com Mariana no WhatsApp. Ela não queria que eu ficasse em Maceió, queria que eu fosse de qualquer jeito. Eu expliquei a ela que não daria para eu ir por questões de trabalho, questões financeiras. No momento, não dava para mim.
Marcello também negou as acusações de agressão.
“Na sexta-feira, eu encontrei Mariana à noite, na festa da OAB. Houve uma discussão acalorada da parte dela, porque em momento nenhum eu discuti com ela. Ela me agrediu. Temos testemunhas disso. Ela pocou meu escapulário, me puxou pela camisa. Inclusive a advogada dela é testemunha disso. Foi quem retirou ela do local”.
Câmeras do circuito de segurança do prédio mostraram que Marcello Gusmão esteve no imóvel momentos antes do início do incêndio. Ele chegou ao prédio por volta das 3h58 do último sábado (8). Depois de pegar uma mala com roupas dele deixada por Mariana na portaria, subiu para o apartamento dela. Às 4h10, Marcelo pegou o elevador para ir embora. Oito minutos depois, outra câmera registrou uma fumaça escura saindo do apartamento.
Marcello disse que foi ao apartamento de madrugada apenas para pegar seus objetos pessoais e que falou com o irmão de Mariana no local.
“Fui ao apartamento dela pegar minhas coisas. A mala que ela diz ter feito, fui eu que fiz essa mala em Arapiraca, na minha casa. Fui buscar as minhas coisas porque ela iria viajar e o apartamento ficar fechado. Eu teria que pegar todos os meus itens pessoais que estava lá em cima, como carregador, escova de dente, pente de cabelo. Ao entrar no apartamento, a primeira coisa, avisei ao irmão dela. Abri a porta, falei com ele, avisei que estava pegando minhas coisas, recolhi todos os meus pertences, desci. Como vocês viram na imagem do elevador, desço calmamente, tranquilamente . Passo pela portaria, deixo minha mala no carro, pego a cadeira de bebê que estava no meu carro, entrego de volta na portaria e saio. Eu não tenho nada a ver com incêndio”.
O advogado Welton Roberto também negou que Marcello provocou o incêndio.
“Acusação e já um julgamento condenando alguém que sequer realizou qualquer conduta naquele edifício para colocar qualquer pessoa em risco. Então o que nós temos hoje, para poder passar para todos vocês é a versão e também provas incontestáveis de que Marcello não tinha motivo, não teve oportunidade, não teria qualquer intenção de realizar qualquer conduta, seja ela do ponto de vista de agressão verbal, psicológica, moral ou física contra Mariana ou contra quem quer que seja da família dela ou das pessoas que moravam naquele edifício”,
Marcelo também negou as acusações de agressão. Ele disse que, na última sexta-feira (7), encontrou Mariana em uma festa e houve uma discussão acalorada.
“Ela me agrediu. Temos testemunhas disso, estamos pegando as filmagens da festa. Ela me puxou pela camisa, inclusive a advogada dela é testemunha disso, foi quem retirou ela do local”.
Vinicius Maria é o irmão de Mariana que estava no apartamento com um primo no momento do incêndio. Ele negou que conversou com Marcello.
“Tenho o sono realmente muito pesado, tanto é que eu digo que se o meu primo não estivesse lá, provavelmente eu não estaria aqui para contar essa historia. Ele [Marcello] bateu na porta do quarto, chamou meu nome e bateu na porta do quarto. Isso quem viu foi o meu primo. Meu primo já me disso isso lá embaixo. Como eu estava dormindo, eu não vi, quem viu o Marcello foi o meu primo.
A TV Gazeta teve acesso a um processo contra Marcello Gusmão, de junho de 2023, em que ele foi denunciado pelo Ministério Público Estadual por ameaça e injúria contra uma outra ex-companheira.
Marcello Gusmão disse que não responde a nenhum processo criminal.
“Não respondo a nenhum processo. Isso aí foi uma coisa passada e, inclusive, está em segredo de Justiça. A pessoa nunca colocou nada para a frente. Foi um desentendimento que a gente teve por um breve momento e já resolveu todo esse processo, tudo. Não tenho problema nenhum na Justiça”.
A advogada de Mariana disse que a cliente sofreu vários tipos de violência e que espera que a Justiça aceite o pedido de prisão preventiva contra Marcello Gusmão.
“Naquele sábado de madrugada, houve, sim, violência doméstica por parte do agressor. Houve violência física, patrimonial, verbal, assim também como psicológica. Nós já temos provas suficientes para que seja decretada a sua prisão preventiva”, afirmou a advogada Amanda Montenegro.
Mariana Maia negou que o motivo da discussão com Marcello foi ter ficado chateada por ele não poder viajar com ela.
“Eu não precisava que ele viajasse comigo. As minhas passagens já estavam compradas. Eu estava indo encontrar a minha mãe. Eu tinha onde ficar. Eu não precisava que ele viesse comigo. Ele queria vir o tempo interior. Quando ele viu que não ia poder me acompanhar, não queria mais que eu fosse. A briga se deu por isso. Em nenhum momento eu queria que isso estivesse acontecendo. Em nenhum momento eu queria que o Marcello tivesse feito isso, porque ele acabou com a vida dele óbvio, mas ele acabou com a nossa vida. Da minha e da minha família”, disse a empresária.
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