J. Borges, um dos maiores nomes da xilogravura brasileira, morre aos 88 anos

O poeta e cordelista tem trabalhos expostos no Museu do Louvre, em Paris, na França, e ilustrou obras de escritores como José Saramago e Eduardo Galeano. Morre, aos 88 anos, o mestre da xilogravura J.Borges
Morreu, aos 88 anos, o poeta e cordelista J. Borges – um dos maiores nomes da xilogravura brasileira.
Mãos de talento, que souberam dar propósito diferente à madeira. Nascido em Bezerros, no agreste de Pernambuco, José Francisco Borges, conhecido como J. Borges, publicou o primeiro cordel em 1964. A partir de então, começou a produzir xilogravuras para ilustrar seus versos. E não parou mais de entalhar na madeira imagens que exibem a cultura do povo nordestino.
J. Borges tem trabalhos expostos no Museu do Louvre, em Paris, na França, e ilustrou obras de escritores como José Saramago e Eduardo Galeano. No 2023, em visita ao Vaticano, o presidente Lula presenteou o Papa Francisco com um quadro da Sagrada Família, obra em xilogravura de J. Borges. Nas redes sociais, o presidente lembrou que J. Borges era um dos maiores xilogravuristas do país e disse que ficou feliz em levar a arte dele ao Papa.
Obras de J. Borges, mestre da arte popular brasileira, estão reunidas em exposição no Rio
Foram mais de 70 anos dedicados à xilogravura. Segundo a família, ele tinha sido internado há duas semanas com problemas no pulmão e no coração. Nos últimos dias, vinha sendo acompanhado por uma equipe médica em casa. Nesta sexta-feira (26) de manhã, o coração do artista parou.
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