Dados mostram: Alimentação fora de casa em Palmas tem doces em alta e salgados com preços controlados

O Núcleo Aplicado de Estudos e Pesquisas Econômico-Sociais (NAEPE) divulgou nesta segunda-feira, o mais recente levantamento sobre a inflação da alimentação fora de casa na capital tocantinense, e a informação que mais chama atenção é: os doces dispararam nos preços, enquanto os lanches — como salgados e misto quente — seguem em relativa estabilidade.

No primeiro trimestre de 2025, a inflação da alimentação fora do lar em Palmas foi de 3,58% em comparação ao último trimestre de 2024. Entre as categorias pesquisadas, a maior alta foi registrada nos doces, que incluem sobremesas como açaí e sorvete, com reajuste de 5,79%. “A categoria doces se destacou com o maior aumento neste início de ano. Fato contrastante com o ocorrido ao longo de 2024, onde os preços de seus itens permaneceram relativamente estáveis” — explica Autenir Carvalho, professor e coordenador do NAEPE.

Já entre as outras categorias, as refeições completas — como marmitas, pratos feitos e comida por quilo — também registraram aumento considerável, com 5,34%. Na sequência, o tradicional chambari teve inflação de 3,53%, e as bebidas subiram 2,70%. Enquanto isso, os lanches apresentaram a menor inflação do trimestre, com alta de apenas 1,85%.

No comparativo anual — de janeiro a março de 2025 frente ao mesmo período de 2024 —, o preço da alimentação fora de casa em Palmas subiu 13,69%. Dado superior ao dobro da inflação oficial no país no mesmo período (5,48%). Neste cenário, as bebidas lideraram os reajustes com 18,54%, seguidas das refeições (16%), chambari (12,54%), doces (12,45%) e lanches (6,24%).

Em conjunto, os dados da pesquisa Alimentação Fora de Casa em Palmas, realizada pelo NAEPE — com apoio do Ministério Público (MP-TO) e do Conselho Regional de Economia (Corecon-TO) —, mostram que, mesmo com um cenário de inflação generalizada na alimentação, os lanches continuam sendo a categoria com menor oscilação de preços. “Os lanches vêm mantendo relativa estabilidade de preços ao longo dos últimos cinco trimestres. Isso atrai o consumidor, que busca opções mais econômicas para comer fora de casa”, observa Autenir Carvalho.

De acordo com o coordenador do NAEPE, “este contexto controverso reforça a importância do planejamento financeiro para quem opta por se alimentar fora de casa e também de políticas públicas voltadas ao tema, visto que, o relativo barateamento dos salgados em relação às demais refeições, contraditoriamente, pode se tornar um problema de segurança alimentar e até mesmo de saúde pública, ao se tornarem escolha recorrente para quem precisa controlar gastos”, finaliza.

Naepe-IFTO — Os resultados completos desta e de outras pesquisas desenvolvidas pelo NAEPE podem ser acessados no site (naepepesquisas.com) ou na rede social do Núcleo (@naepe.pesquisas). O NAEPE conta com o apoio do Ministério Público (MP-TO) e do Conselho Regional de Economia (Corecon-TO).—

Fonte: Ascom/Naepe

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