Acusado de participar do assassinato de homem encontrado decapitado vai a júri popular


Crime aconteceu em Arraias em 2017 e teria ligação com outro homicídio relacionado ao tráfico de drogas. Ainda cabe recurso da decisão. Fórum da Comarca de Arraias
Cecom/TJTO/Divulgação
O terceiro acusado de envolvimento no assassinato de João Marcos Barbosa Pereira vai à júri popular. O crime aconteceu em Arraias, em 2017, e chocou a cidade pela brutalidade. Segundo as investigações, Pereira foi torturado, decaptado e enterrado em uma estrada vicinal da cidade.
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O crime teria sido motivado por vingança pela suposta participação da vítima em outro assassinato, ligado ao tráfico de drogas na região Sudeste do Tocantins. O corpo dele foi encontrado nove dias depois, em estado de decomposição, parcialmente enterrado e sem as mãos.
É a segunda vez que o acusado, de 43 anos, é enviado para julgamento popular. A primeira decisão acabou reformada no Superior Tribunal de Justiça, mas na ocasião outros dois acusados de participação, um casal formado por um homem e uma mulher, foram condenados. O juiz Márcio Ricardo Ferreira Machado, da 1ª Vara Criminal de Arraias,
Conforme a nova denúncia, o réu liderava uma organização criminosa e atuava na distribuição de drogas em várias cidades da região. João Marcos teria sido atraído para o local do crime pelo casal que também integrava a mesma organização criminosa.
Interrogado pelo juiz durante o processo, o suspeito negou a prática do crime e chamou de “mentirosas as acusações”. Conforme sua versão, ele apenas perguntou para o outro acusado a respeito do crime, pois não conhecia a vítima nem o homem que ele teria matado anos antes de ser assassinado.
O crime foi qualificado por motivo torpe, com tortura, mediante dissimulação e para assegurar a vantagem em outro crime de tráfico de drogas. O acusado permanece preso preventivamente até o fim dos recursos.
Casal condenado
O outro acusado, de 30 anos, cumpre pena de 24 anos de prisão na unidade prisional de Taguatinga. Ele foi condenado pelo Tribunal do Júri em abril de 2023. Na sentença, o juiz fixou indenização de R$ 25 mil para a família da vítima. Conforme o processo, o réu dirigiu o carro usado para levar a vítima até o acusado de ser executor do crime.
A esposa dele, de 31 anos, também foi condenada na mesma sessão do Tribunal do Júri, a 28 anos de prisão. O júri reconheceu que ela participou do crime ao usar a amizade que tinha com a vítima para convecê-la a se encontrar com o acusado de executar o assassinato.
Na condenação, o judiciário fixou para ela a obrigação de indenizar a família em R$ 35 mil. Atualmente, ela cumpre prisão domiciliar após ter diagnosticado uma doença grave.
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