Primeiro debate à Prefeitura de BH reúne sete candidatos nesta quinta-feira


Candidatos responderam a perguntas feitas por jornalistas do Grupo Bandeirantes e por adversários. Sete candidatos estiveram presentes para o debate.
Júnia Garrido/Grupo Bandeirantes de Comunicação
Sete candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte participaram na noite desta quinta-feira (8) do primeiro debate da disputa municipal, que será realizada em outubro.
O encontro foi realizado pela Band, no bairro São Bento, Região Centro-Sul da capital mineira.
Estiveram presentes nos estúdios da emissora Bruno Engler (PL), Carlos Viana (Podemos), Duda Salabert (PDT), Fuad Noman (PSD), Gabriel Azevedo (MDB), Mauro Tramonte (Republicanos), Rogério Correia (PT).
A mediação foi feita pela jornalista Adriana Araújo.
O debate foi dividido em três blocos:
Primeiro bloco: candidatos fazem perguntas entre si. Um sorteio definiu quem pergunta primeiro. Quem pergunta pode escolher livremente quem responde, que dá sequência ao bloco, escolhendo uma nova pessoa para responder à sua pergunta. Cada concorrente só pergunta e responde uma vez.
Segundo bloco: candidatos fazem perguntas entre si e um sorteio definiu quem pergunta e quem responde.
Terceiro bloco: perguntas feitas pelos jornalistas do Grupo Bandeirantes de Comunicação. Ao fazer a pergunta, o jornalista também indica um outro candidato para comentar a resposta.
Quarto bloco: repete a dinâmica do primeiro bloco, em que fazem perguntas entre si em um sorteio que definiu o primeiro candidato a fazer a pergunta.
Quinto bloco: considerações finais.
Os candidatos foram convidados a partir da representação de seus respectivos partidos no Congresso Nacional.
‘Economista do Paraguai’
Os temas discutidos pelos candidatos no primeiro bloco foram meio ambiente e mudanças climáticas, saúde pública, trânsito e mobilidade urbana e desenvolvimento econômico e empregabilidade.
Duda Salabert e Bruno Engler protagonizaram o primeiro embate, mas o principal alvo de ataques foi o atual prefeito, Fuad Noman. O vereador Gabriel o acusou de não atuar em prol do desenvolvimento da cidade e o senador Carlos Viana disse que Kalil deixou um “economista do Paraguai” à frente da Prefeitura.
Os candidatos apresentaram propostas de uso de tecnologia para mudanças climáticas, criação de uma autoridade climática, comunicação via WhatsApp para consultas na saúde pública, criação de uma linha de VLT e de um bilhete único para o transporte público metropolitano.
‘Barraco geral’
Em momentos do segundo bloco, candidatos focaram nas suas próprias atuações no Legislativo e sobre as alianças que fecharam para disputar o pleito. Depois, trataram temas como segurança pública, saúde, Anel Rodoviário e turismo.
Rogério Correia questionou Tramonte sobre a aliança que reuniu Kalil (Republicanos) e Zema (Novo) — e a descreveu como “barraco geral”, em alusão ao nome do programa de TV apresentado pelo adversário.
Fuad continuou sendo atacado e aproveitou para se defender, argumentando que as críticas são frutos do trabalho à frente da prefeitura e relembrando sua trajetória no serviço público.
Foram citadas propostas de integração entre polícia e guarda municipal, convocação de guardas municipais já aprovados em concurso, parceria público-privada para a saúde e políticas de turismo gastronômico e para grandes eventos.
Perguntas de jornalistas
No terceiro bloco, os candidatos responderam a perguntas de jornalistas da emissora.
Os temas discutidos foram a destinação do Aeroporto Carlos Prates, população em situação de rua, polarização, transporte público por ônibus, inclusão na educação, políticas para a comunidade LGBT+ e relação com o governo federal.
Entre as propostas citadas estão de diferentes destinações da área do Aeroporto Carlos Prates, ocupação de prédios abandonados para moradia popular e criação de um novo contrato para o sistema de ônibus.
Perguntas entre os candidatos
O quarto bloco seguiu a mesma dinâmica do primeiro. Os temas discutidos foram destinação do lixo, transporte público por ônibus, plano diretor, população em situação de rua, educação, Lagoa da Pampulha e obras de infraestrutura.
Os candidatos apresentaram propostas de retorno dos cobradores nos ônibus, flexibilização das regras para construção no Centro, políticas públicas para a população idosa, contratação de psicólogos e assistentes sociais em escolas e um novo contrato para a limpeza da Lagoa da Pampulha.
A mobilidade urbana e o transporte público foram temas que apareceram em todos os blocos de perguntas, sejam as feitas pelos candidatos ou por jornalistas.
Considerações finais
O quinto bloco foi dedicado para as considerações finais dos candidatos. Veja, abaixo, pequenos trechos das falas dos postulantes à PBH, na ordem do sorteio definido pela emissora.
Não tenho rabo preso com ninguém, vou poder indicar as melhores pessoas para prestar o melhor serviço. E sou um jovem, antenado nas soluções modernas.
Quero governar e fazer com que Belo Horizonte tenha muita participação popular, para que a gente possa ouvir o povo, especialmente da periferia.
Se você quer um prefeito que faz obras e cuida das pessoas, conte comigo. Estou pronto para prestar o serviço que a cidade precisa.
Se você quer diferença, basta olhar nas propostas, no debate e na trajetória: eu posso representar a novidade.
As pessoas estão indo embora, jovens estão vendo oportunidades fora, e eu quero fazer isso mudar, com teto, trabalho e transporte.
Vamos fazer Belo Horizonte mudar. BH precisa ter determinação, direção, alguém que realmente tome conta dessa cidade.
Deixei o jornalismo há cinco anos para me preparar na política e ser prefeito de BH, para ajudar a melhorar a vida das pessoas.
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