O lateral-esquerdo venezuelano Miguel Ángel Navarro, do Talleres, foi às redes sociais nesta terça-feira (27) para relatar um episódio que marcou a derrota de sua equipe por 2 a 1 para o São Paulo, no Morumbis, pela CONMEBOL Libertadores. Segundo Navarro, o volante Damián Bobadilla o teria ofendido de forma xenofóbica após o gol do time paulista.
Pontos Principais:
- Navarro denunciou ofensa xenofóbica sofrida no Morumbis durante jogo da Libertadores.
- Bobadilla, volante do São Paulo, teria chamado Navarro de “venezuelano morto de fome”.
- O atleta do Talleres prometeu ir até as últimas consequências para defender suas raízes.
- Policiais foram ao vestiário para ouvir Bobadilla, mas o jogador já havia deixado o estádio.
Durante o jogo, transmitido para toda a América Latina, câmeras não mostraram detalhes do bate-boca entre Navarro e Bobadilla. Porém, relatos indicam que Bobadilla chamou o jogador de “venezuelano morto de fome”, em um ataque que Navarro considerou uma agressão à sua origem e à dignidade do povo venezuelano.
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(@miguelnavarro06)A declaração do venezuelano nas redes sociais mostrou a indignação com o que chamou de “pobreza mental” por trás da fala de Bobadilla. “Quisera eu poder ter nas minhas mãos a solução para a fome que vive meu país”, afirmou Navarro em seu perfil oficial no Instagram, lamentando as dificuldades enfrentadas por seu povo.
Em meio à repercussão, Navarro garantiu que não ficará calado diante do episódio que considera xenofobia explícita. “Nunca me envergonharei das minhas raízes, irei até as últimas consequências frente ao ato de xenofobia que vivi hoje no Brasil”, escreveu o atleta, reforçando a disposição em recorrer a todas as medidas cabíveis.
As autoridades que estavam presentes no estádio foram acionadas para investigar o caso logo após o apito final. Policiais foram ao vestiário do São Paulo, mas o volante Bobadilla já havia deixado o local. A postura do Talleres e de Navarro indica que o caso pode ter desdobramentos legais, buscando responsabilizar o jogador rival.
O Talleres, através de seu técnico, também manifestou apoio ao jogador, destacando que atitudes discriminatórias não podem ser toleradas em nenhuma circunstância. O episódio chamou a atenção para a necessidade de combater manifestações de preconceito dentro e fora dos gramados.
O clima no Morumbis, marcado pela rivalidade em campo, foi além do futebol e expôs as tensões sociais que atravessam fronteiras. Navarro usou o alcance de suas redes para dar visibilidade ao que chamou de discurso de ódio, esperando que o episódio sirva de alerta para clubes e federações no continente.
Fonte: Espn e Ge.
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