Rafael Monteiro brilha na lateral, comemora vitória do Amazonas FC e projeta embalo na Série B

A vitória por 2 a 0 sobre o Operário-PR pode não ter abalado os alicerces do futebol nacional, mas dentro da Arena da Amazônia, ela soou como o estalo de quem acorda pra briga. No centro dessa virada de energia está Rafael Monteiro, um lateral que, com a seriedade de um juiz de linha e a ginga de quem conhece cada centímetro das ruas de Manaus, assumiu a missão de virar o jogo – literalmente – na tabela da Série B.

Pontos Principais:

  • Amazonas FC vence sua primeira partida na Série B do Brasileirão 2025.
  • Rafael Monteiro, substituindo o lesionado Alyson, foi titular pela terceira vez seguida.
  • Emprestado pelo Fluminense, jogador comemora atuar pelo time de sua cidade natal.
  • Vitória recoloca o Amazonas com os mesmos sete pontos do primeiro fora do Z4.

Com um pé no gramado e o outro no coração da torcida, Rafael Monteiro deixou de ser apenas mais um camisa 6 para se tornar o símbolo da esperança manauara. Natural da cidade, o jogador foi titular pela terceira vez consecutiva e não quis saber de timidez: empilhou desarmes, apoiou com inteligência e deu moral ao elenco. Com Alyson fora da temporada após cirurgia no joelho, Monteiro pegou a vaga e não olhou pra trás.

O Amazonas FC venceu sua primeira partida na Série B 2025 com autoridade. O 2 a 0 sobre o Operário-PR foi mais que um placar: foi um respiro. Rafael Monteiro, lateral do Amazonas — Foto: João Normando/AMFC
O Amazonas FC venceu sua primeira partida na Série B 2025 com autoridade. O 2 a 0 sobre o Operário-PR foi mais que um placar: foi um respiro. Rafael Monteiro, lateral do Amazonas — Foto: João Normando/AMFC

A vitória do Amazonas FC sobre o Operário-PR foi como aquela bola vadia que sobra na entrada da área: quando menos se espera, vem um chute certeiro que muda o rumo da partida. E foi justamente isso que aconteceu no último domingo. Com um 2 a 0 seco, firme e sem chororô, o time manauara fez o que precisava: somou três pontos, respirou fora d’água e deixou a torcida pensando “será que agora vai?”. No meio disso tudo, brilhou a estrela nada vaidosa de Rafael Monteiro, lateral esquerdo que já chegou comendo pelas beiradas e agora virou prato principal no esquema do técnico Guilherme Alves.

Rafael Monteiro é daqueles jogadores que não precisam de firula pra convencer. Nada de chuteira colorida, dancinha no aquecimento ou polêmica em rede social. O rapaz é criado em Manaus, formado no Fluminense e, de quebra, estreante titular pela terceira vez consecutiva. Como quem entra num pagode e pega o tantã sem ninguém pedir, ele assumiu a lateral-esquerda depois da lesão do titular Alyson – que, infelizmente, só volta na próxima temporada. E se engana quem pensa que foi só um tapa-buraco: Monteiro chegou dando conta do recado como se conhecesse os atalhos daquele gramado desde os tempos de pelada na beira do igarapé.

A partida contra o Operário-PR foi mais do que um jogo. Foi um divisor de águas – e olha que no Amazonas isso é coisa séria. O time saiu de campo com um sorriso amarelo de quem finalmente viu o VAR apitar a favor. Com o resultado, chegou aos mesmos sete pontos do Volta Redonda, que por enquanto é o primeiro fora da zona do sufoco. Ainda não dá pra soltar rojão, mas pelo menos já pode pensar em trazer a caixa de fósforo. A vitória mostrou que o elenco tem lenha pra queimar, desde que a turma entre ligada como entrou domingo.

Emprestado pelo Fluminense, Monteiro viveu um momento especial ao vestir a camisa do time de sua cidade natal. O orgulho ficou visível em campo. O Amazonas FC venceu sua primeira partida na Série B 2025 com autoridade. O 2 a 0 sobre o Operário-PR foi mais que um placar: foi um respiro. Rafael Monteiro, lateral do Amazonas — Foto: João Normando/AMFC
Emprestado pelo Fluminense, Monteiro viveu um momento especial ao vestir a camisa do time de sua cidade natal. O orgulho ficou visível em campo. O Amazonas FC venceu sua primeira partida na Série B 2025 com autoridade. O 2 a 0 sobre o Operário-PR foi mais que um placar: foi um respiro. Rafael Monteiro, lateral do Amazonas — Foto: João Normando/AMFC

O técnico Guilherme Alves, que já experimentou a pressão dos dois lados – como jogador e como comandante –, parece ter encontrado uma peça confiável no seu quebra-cabeça. Monteiro, com sua regularidade e dedicação, não só ocupou a vaga na defesa como elevou o nível de comprometimento da equipe. E não é exagero dizer que ele jogou como veterano. Afinal, não é todo dia que um garoto criado ali na esquina bota a camisa do clube da cidade e vira referência dentro de campo. Isso não se compra. Isso é raiz.

O próximo desafio será fora de casa, contra a sempre cascuda Chapecoense. É tipo aquele adversário do bairro que joga no terrão, mas tem preparo físico de time da elite. Monteiro, no entanto, mostrou que não se intimida. “Sabemos da responsabilidade e queremos corresponder”, declarou, com a serenidade de quem sabe que vai correr os 90 minutos e ainda sair dando entrevista sem perder o fôlego. A confiança está lá no alto – e, sejamos sinceros, ela não vem sozinha: chega junto com o suor, o treino e aquele algo a mais que separa os bons dos titulares absolutos.

É bom lembrar que esse passo importante do Amazonas FC se dá num momento delicado do campeonato. A Série B é conhecida por ser uma maratona cheia de buraco, onde cada ponto conquistado fora de casa vale como se fosse final de campeonato. E é por isso que uma vitória como essa precisa ser valorizada. Não apenas pelos três pontos, mas por mostrar que o time pode sim disputar no mesmo ritmo de adversários mais experientes. Monteiro está no centro dessa história, e se depender dele, os tropeços ficaram para trás — pelo menos até a próxima dividida.

A torcida, que já começava a perder a paciência, voltou a sorrir. Afinal, não há nada como ver um dos seus defendendo as cores locais com vontade e consciência tática. É como encontrar um tambaqui bem assado: simples, direto e com sabor de casa. Rafael Monteiro virou esse tambaqui — bem servido e difícil de esquecer. A temporada ainda promete muito, mas pelo menos agora o Amazonas FC pode dizer que encontrou um dos seus alicerces onde menos esperava: na lateral, com um manauara que, de passo em passo, vai ganhando terreno como se fosse dono da bola.

Fontes: Portaldocaubi e Portalesportemanaus.

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