Família de jovem encontrada morta em carro carbonizado fala sobre despedida seis meses após o caso: ‘A dor nunca vai passar’, diz irmã


O corpo da jovem estava desde novembro no IML, aguardando o resultado de um exame para confirmação da identidade. A confirmação e liberação ocorreram no dia 16 de maio. Michele Pedroso Gavioli foi encontrada morta dentro do carro dela, que estava carbonizado às margens de uma rodovia em Sorocaba (SP)
Arquivo Pessoal
Após seis meses de espera e angústia, a família de Michele Pedroso Gavioli, de 26 anos, finalmente pôde sepultar os restos mortais da jovem, assassinada em novembro do ano passado. O principal suspeito do crime é o ex-namorado de Michele, que está preso.
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Segundo Milena Pedroso Gavioli, irmã mais nova de Michele, o corpo da jovem estava desde novembro no Instituto Médico Legal (IML), aguardando o resultado de um exame para confirmação da identidade. A liberação ocorreu no dia 16 de maio. Com a confirmação oficial, a família pôde realizar o velório e o sepultamento em Itu (SP).
Milena relatou que, apesar da espera, a família já não alimentava esperanças de encontrar Michele com vida.
“A gente já sabia que era ela. Não tínhamos esperança de que ela fosse aparecer viva. Agora o que resta é aceitar. Mas a dor nunca vai passar. Vamos ter que aprender a conviver com a dor e a com saudade da pessoa que unia a nossa família”, desabafa.
Michele Pedroso Gavioli, de 26 anos, tinha dois irmãos, uma filha de sete anos, e morava em Itu (SP)
Arquivo Pessoal
Michele deixou uma filha, de sete anos, que atualmente mora com o pai.
“A minha irmã era uma mulher muito batalhadora, esforçada, uma excelente mãe. Estava com o objetivo de conquistar as coisinhas para a casa dela, o carro que ela tinha comprado e estava muito feliz, arrumando aos poucos”.
Michele trabalhava em uma empresa de segurança. Iniciou como faxineira e, com dedicação, foi promovida para atuar na área de segurança. “Ela era uma mulher maravilhosa, gostava muito de ajudar as pessoas que eram próximas à ela”, relembra a irmã.
‘Uma mulher batalhadora, esforçada, uma excelente mãe’, diz irmã de jovem assassinada
Arquivo Pessoal
Suspeita de feminicídio
O corpo de Michele foi encontrado carbonizado dentro do carro dela, às margens da Rodovia Castello Branco (SP-280), em Sorocaba (SP), na madrugada em que a jovem foi vista pela última vez, em 16 de novembro do ano passado.
Uma câmera de segurança registrou o momento em que Michele foi colocada desacordada dentro de seu veículo pelo companheiro dela, Joberson Dias da Silva Filho. Nas imagens, os dois chegam juntos à casa da mulher, por volta de 2h. Aproximadamente uma hora depois, o suspeito sai com Michele desacordada, no colo, e a coloca dentro do carro, saindo do local em seguida.
Segundo apurado pela TV TEM, a polícia também encontrou um facão com vestígios de sangue dentro da casa da vítima, que fica no bairro Cidade Nova, em Itu. De acordo com o BO, havia manchas de sangue em alguns cômodos da casa.
Joberson, namorado de Michele na época do crime, foi encontrado no dia 19 de novembro no Rio de Janeiro, durante cumprimento a um mandado de prisão temporária. Ele foi transferido para Itu no dia 7 de fevereiro deste ano. A prisão foi convertida em preventiva e o homem permanece preso aguardando julgamento do caso.
Suspeito de envolvimento no desaparecimento de jovem em Itu (SP) foi preso no Rio de Janeiro
Polícia Militar/Divulgação
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