A cidade de São Paulo enfrentou uma manhã de caos e manifestações, que começaram antes mesmo de o sol nascer e mobilizaram moradores da favela do Areião, no bairro do Jaguaré. As faixas erguidas pediam moradia digna para todos, enquanto a circulação de veículos e o transporte público foram duramente impactados pela paralisação. Os moradores contestaram pedidos de reintegração de posse e ocuparam a entrada das marginais Pinheiros e Tietê, pontos cruciais para o trânsito da cidade.
Pontos Principais:
- Protestos por moradia bloqueiam vias e afetam trens na zona oeste e leste de SP.
- Rodízio suspenso e multas canceladas até as 10h nas marginais Pinheiros e Tietê.
- Batalhão de Choque utilizou bombas de efeito moral para dispersar manifestantes.
- Ônibus e trens parados, situação normalizada após as 8h, mas debate sobre moradia continua.
No epicentro dos protestos, o trânsito parou por quase uma hora. A CET informou a suspensão do rodízio de veículos durante a manhã, e as multas aplicadas até as 10h não serão computadas. O movimento popular teve repercussão imediata, com a linha 9-Esmeralda e a 8-Diamante da ViaMobilidade parando na estação Presidente Altino. As plataformas ficaram cheias e a normalização só veio depois das 8h.

As imagens divulgadas mostraram o Batalhão de Choque avançando e usando bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes, gerando clima de tensão. Na zona leste, outro protesto ocorreu na avenida Aricanduva, onde moradores também ergueram placas e pediram moradia digna. Ônibus de 16 linhas foram desviados, mas voltaram a circular normalmente após as 8h, quando a situação começou a se acalmar.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, cerca de 100 moradores participavam do ato no Jaguaré e a presença do Batalhão de Choque foi justificada para dar apoio ao Corpo de Bombeiros. A reportagem do UOL buscou esclarecimentos do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo sobre a possibilidade de despejo na região, mas não houve resposta imediata.
As manifestações de hoje mostraram como a luta por moradia impacta diretamente a vida da população e o cotidiano de quem circula por São Paulo. Mesmo com o retorno das linhas de ônibus e o restabelecimento dos trens, o debate sobre despejos e direito à moradia segue vivo, alimentando a mobilização em áreas vulneráveis da cidade.
Fonte: G1 e UOL.
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