O Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, se transformou em palco de uma disputa que ultrapassou os limites da pista e expôs a dificuldade de conciliar decisões judiciais e normas de companhias aéreas. Um voo da TAP para Lisboa, previsto para a tarde de sábado (24), foi cancelado depois que a empresa se recusou a permitir que Tedy, um cão de serviço, embarcasse junto com Hayanne, a passageira responsável pelo animal. Mesmo com ordem judicial determinando o transporte do cão na cabine, a companhia manteve a recusa e ofereceu apenas o transporte no compartimento de cargas, o que foi prontamente negado pela família.
Pontos Principais:
- Voo do Galeão para Lisboa cancelado após TAP recusar embarque de cão de serviço.
- Polícia Federal autuou gerente da TAP por descumprir ordem judicial de embarque.
- Família alega que o cão Tedy é essencial para o bem-estar de criança com TEA.
- Certificado veterinário internacional do cão vence neste domingo (25).
Tedy, o cão de serviço que acompanha uma menina autista de 12 anos em Lisboa, deveria ter embarcado às 15h40 deste sábado. No entanto, mesmo treinado para viagens e portando o Certificado Veterinário Internacional, Tedy foi barrado pela TAP, gerando impasse entre a empresa, a Polícia Federal e a família. Um oficial de Justiça foi chamado para tentar resolver a situação, mas até a noite o caso permanecia sem solução e o voo seguinte, das 20h25, corria risco de também ser afetado.

A recusa da companhia em cumprir a decisão judicial reacendeu a discussão sobre transporte de animais de suporte emocional e de serviço em voos internacionais. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu recentemente que empresas podem criar suas próprias regras, mas o caso de Tedy envolve um cão de serviço, que conta com decisão específica para viajar junto à criança. A advogada Fernanda Lontra reforçou que a liminar da 5ª Vara Cível de Niterói é clara ao determinar o embarque do animal.
Segundo Hayanne, a situação tem sido angustiante para a família. Ela relatou que a irmã, já abalada pela distância do cão, passa por crises e que Tedy tem perdido peso. “Só precisamos que eles cumpram a liminar para levar o Tedy para minha irmã”, afirmou, enquanto a ansiedade aumentava no terminal do Galeão.
A falta de sintonia entre a decisão judicial e a política da companhia aérea escancarou a complexidade que envolve casos como esse. Enquanto a TAP defende a segurança e a padronização de seus voos, a família e a defesa de Tedy insistem que o embarque do cão de serviço é fundamental e respaldado por lei.
O desfecho, por ora, segue sem definição. A família aguarda ansiosa uma solução para embarcar Tedy e reunir a criança com seu cão de serviço, em meio a um cenário em que regras, decisões e o bem-estar de uma família colidem. A expectativa recai sobre as próximas horas e sobre o voo das 20h25, que pode seguir o mesmo destino do anterior se a TAP mantiver a postura de recusa.
Fonte: G1.
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