Titulo: Braga Netto jogava vôlei em Copacabana enquanto ocorria a invasão em Brasília, diz coronel ao STF

Na manhã do dia 8 de janeiro de 2023, enquanto os ataques às instituições federais em Brasília chocavam o país, o general Braga Netto, segundo uma testemunha de defesa, estava em Copacabana praticando vôlei. A afirmação veio à tona durante audiência da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal, realizada nesta sexta-feira, 23 de maio de 2025, como parte do processo que apura uma tentativa de golpe de Estado.

Pontos Principais:

  • Coronel afirma que Braga Netto estava no Rio de Janeiro jogando vôlei no dia 8 de janeiro.
  • Depoente diz que ambos ficaram surpresos ao saber dos ataques pela televisão.
  • STF mantém prisão preventiva de Braga Netto por suposto envolvimento em plano golpista.
  • Relatório da PF aponta o general como figura central em articulação violenta após as eleições.

O coronel Waldo Manuel de Oliveira Aires declarou que é comum para o grupo jogar vôlei na rede do Forte de Copacabana, e que naquele domingo estavam na praia, alheios ao que se desenrolava em Brasília. Segundo ele, o filho de Braga Netto foi quem o alertou sobre os acontecimentos, pedindo que ligasse a televisão. A surpresa com a violência foi, segundo Aires, generalizada.

O ex-ministro Walter Braga Netto - Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O ex-ministro Walter Braga Netto – Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O depoimento faz parte da linha de defesa do general, atualmente preso preventivamente, acusado de envolvimento na articulação de um golpe de Estado para reverter o resultado das eleições de 2022. O processo inclui outras figuras como Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, e o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Alexandre de Moraes, ministro do STF, questionou diretamente o coronel sobre publicações nas redes sociais em que ele teria defendido o uso do artigo 142 da Constituição para autorizar uma intervenção militar. Aires afirmou não se lembrar das postagens, mas admitiu que poderia ter mencionado algo nesse sentido, ressaltando que, em sua visão, qualquer atuação das Forças Armadas dependeria de autorização dos poderes Executivo e Legislativo.

Durante a mesma audiência, o STF ouviu outras testemunhas, como o delegado Carlos Afonso Coelho, ligado à defesa de Alexandre Ramagem. No período da tarde, também estavam previstos os depoimentos de Hamilton Mourão, Alex D’alosso Minussi, Gustavo Suarez da Silva, e outros militares e ex-integrantes da estrutura governamental ligada a Bolsonaro.

Segundo relatório da Polícia Federal citado por Moraes em decisão recente, Braga Netto não apenas sabia do plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, como teria participado de reuniões com membros das Forças Especiais, os chamados “kids pretos”, para discutir ações como a eliminação de autoridades do Judiciário e do Executivo.

Braga Netto, que foi vice na chapa de Bolsonaro em 2022, também teria tentado acessar trechos da delação de Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens do então presidente. A PGR o acusa de organizar e financiar ações clandestinas para instaurar um novo regime de poder à força, numa escalada autoritária que culminaria no assassinato de Lula, Alckmin e Moraes.

Moraes reforçou que a manutenção da prisão é necessária diante da gravidade dos fatos e do risco de novas interferências no curso da investigação. A medida é parte do esforço do STF em apurar todos os núcleos envolvidos nos episódios que abalaram a democracia brasileira.

Fonte: Poder360 e CNN.

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