Israel liga críticas da Europa ao antissemitismo após assassinato de diplomatas em Washington

O assassinato de dois funcionários da embaixada israelense nos Estados Unidos provocou uma reação diplomática contundente de Israel, com o ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, acusando líderes europeus de fomentar um ambiente de ódio antissemita. A crítica surge em meio à crescente pressão internacional sobre o governo de Benjamin Netanyahu, especialmente após a intensificação dos bombardeios na Faixa de Gaza.

Pontos Principais:

  • Israel responsabiliza líderes europeus por incitação ao antissemitismo.
  • Dois diplomatas israelenses foram assassinados em frente a museu judaico em Washington.
  • França, Canadá e Reino Unido pressionam Israel por cessar-fogo em Gaza.
  • ONU considera insuficiente o auxílio humanitário permitido por Israel.

O incidente em Washington resultou na morte de Yaron Lischinsky e Sarah Lynn Milgrim, funcionários da embaixada de Israel, baleados do lado de fora de um museu judaico. Segundo Saar, há uma conexão direta entre discursos hostis contra Israel e o atentado. O ministro evitou citar diretamente os países envolvidos, mas enfatizou que a retórica de diversas autoridades, em especial europeias, contribui para o clima de animosidade.

Israel reage com força após a morte de diplomatas em Washington e culpa a Europa por incitar ódio antissemita; ofensiva em Gaza segue sob críticas e ameaças de sanção.
Israel reage com força após a morte de diplomatas em Washington e culpa a Europa por incitar ódio antissemita; ofensiva em Gaza segue sob críticas e ameaças de sanção.

Em paralelo, líderes da França, Reino Unido e Canadá emitiram uma declaração conjunta exigindo o fim da ofensiva israelense em Gaza. Emmanuel Macron, Mark Carney e Keir Starmer alertaram que, caso o governo de Netanyahu não cesse os ataques e as restrições à entrada de ajuda humanitária, tomarão medidas concretas. Embora não tenham detalhado as possíveis sanções, o tom da mensagem foi interpretado como o mais severo até agora por parte dos aliados ocidentais.

Mesmo diante da ameaça de sanções, Israel continuou com operações militares em Gaza. Um novo ataque, ocorrido na terça-feira (20), causou a morte de 85 pessoas segundo o Ministério da Saúde local, administrado pelo grupo Hamas. O número total de mortos na região ultrapassa 53 mil, de acordo com as autoridades palestinas — dados considerados confiáveis pela ONU.

A ofensiva atual é consequência direta do ataque terrorista realizado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, que matou 1.218 israelenses e resultou no sequestro de 251 pessoas. O exército de Israel afirma que ainda há 57 reféns em cativeiro, e outros 34 foram declarados mortos.

A resposta militar israelense, no entanto, tem sido criticada internacionalmente pela desproporcionalidade das ações e pela crise humanitária agravada. Apesar da permissão de entrada de alguns caminhões com suprimentos, a ONU considera o volume irrisório diante das necessidades da população civil.

Além das mortes, a escalada da tensão tem provocado danos colaterais diplomáticos. As falas de Gideon Saar aumentam o distanciamento entre Israel e países que, até então, mantinham relações próximas. A acusação de que a Europa estaria alimentando um sentimento antissemita revela um novo estágio no isolamento político de Tel Aviv.

A comunidade internacional segue dividida entre o apoio ao direito de defesa de Israel e a crítica ao avanço militar que tem custado milhares de vidas palestinas. Enquanto isso, o clamor por um cessar-fogo imediato se intensifica nos organismos multilaterais.

Fonte: UOL e G1.

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