
Natália Resende afirmou que a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) está intensificando as fiscalizações para que contratos sejam cumpridos dentro dos prazos para melhorias. Prédios sem manutenção no Parque da Água Branca e isolados com fitas e cones, quase três depois da concessão à iniciativa privada.
Montagem/g1/Rodrigo Rodrigues
A secretária estadual do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, Natália Resende, afirmou nesta terça-feira (20) que a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) está empenhada em rever os contratos e apertar a fiscalização nos parques concedidos à iniciativa privada para que as concessionárias melhorem os investimentos nos equipamentos.
Atualmente, o estado tem ao menos dez parques que passaram para a administração da iniciativa privada durante a gestão do ex-governador João Doria (ex-PSDB), mas que tiveram pouca mudança em questão de infraestrutura e reforma de equipamentos internos.
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Embora as concessionárias estejam dentro do prazo contratual para realização dessas melhorias, a secretária admitiu que há uma insatisfação dos usuários e do próprio governo com esses prazos, que tem levado a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) a intensificar as fiscalizações.
“São contratos que vieram de outra administração, mas a gente está apertando a fiscalização e a regulação. A gente fortaleceu a Arsesp para ela entrar com uma regulação mais forte e agora a gente está melhorando a governança pra olhar o contrato e cobrar, exigir o cumprimento. A gente herdou um contrato que a gente quer sempre melhorar”, contou a secretária.
A secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, Natália Resende.
Divulgação/GESP
“Nós vamos sentar com as concessionárias do Água Branca e outros parques para olhar o contrato e ver como a gente consegue melhorar. A gente está olhando todos os contratos no Meio Ambiente, com o plano só para parques e unidades de conservação. A Arsesp está focada nisso, para fazer tudo de forma coordenada, para olhar o passado e olhar o futuro”, declarou Natália Resende.
No Parque da Água Branca, por exemplo, reportagem do g1 no início do mês mostrou que ainda há banheiros e prédios danificados.
A concessionária Reserva Parques disse, por meio de nota, que as obras seguem o cronograma previsto no Plano de Intervenções, com prazo até 2028 para conclusão, seis anos depois da assinatura da concessão, que é datada de agosto de 2022.
Situação dos banheiros principais do Parque da Água Branca, em registro feito no dia 26 de abril de 2025.
Rodrigo Rodrigues/g1
A empresa disse, ainda, que pretende antecipar reformas em alguns banheiros.
No caso do Parque Villa Lobos, o orquidário Ruth Cardoso, símbolo do parque, que já estava fechado quando a concessionária assumiu a administração, também tem prazo de reforma de 36 meses, a partir da assinatura do contrato, para ser reformado, segundo a empresa.
Lista de parque concedidos à iniciativa privada em São Paulo, segundo a Arsesp.
Reprodução/Arsesp
Deterioração do orquidário Ruth Cardoso, dentro do Parque Villa-Lobos, Zona Oeste de SP, em 15/09/2023.
Rodrigo Rodrigues/g1