Explorando a vibe única dos festivais na Austrália: minha experiência no Rabbits Eat Lettuce

Se tem uma coisa que eu amo é viver a cena de festivais ao redor do mundo, e recentemente tive a chance de mergulhar na cultura dos festivais australianos no Rabbits Eat Lettuce. Já aviso: é diferente de tudo que já vi no Brasil, e de um jeito muito positivo!

Logo de cara, o que mais me chamou atenção foi o cuidado com o bem-estar do público. Durante o rolê, sempre tinha alguém da equipe oferecendo água ou álcool gel pra limpar as mãos. Além disso, o festival disponibilizava água potável gratuita em diversos pontos, algo simples mas que fez uma diferença enorme pra segurança e conforto de todo mundo.

Outro ponto que me surpreendeu foi o horário das pistas. Elas abrem pela manhã e seguem até às 2 da manhã, quando rola uma pausa geral. Confesso que, como boa amante de pista até o amanhecer, fiquei meio “ué, qual é a graça disso?”. Mas vivendo a experiência, senti meu corpo realmente cansado e pronto pra descansar. E essa pausa fez todo sentido: a galera aproveita muito durante o dia e início da madrugada, mas também tem tempo de sobra pra recarregar as energias e voltar renovada depois (ok, sempre tem um ou outro que estica a night no camping, com as pistas já desligadas, né? rs).

O line-up foi super variado e eu consegui literalmente curtir todas as pistas e todas as sonoridades. Sendo alguém que geralmente ficaria apenas na música eletrônica, nesse festival me permiti explorar todos os estilos e me entregar completamente à diversidade musical que o evento ofereceu. Foi incrível poder circular livremente e mergulhar em mundos musicais completamente diferentes ao longo de todos os dias de festival.

E o mais legal: além das pistas tradicionais, o festival tinha áreas temáticas super criativas. Um dos palcos tinha uma pista de skate onde o público podia se divertir enquanto o DJ tocava. Outro espaço era totalmente dedicado aos amantes de patins, com um tablado próprio para dançar e patinar em segurança. E o melhor, quem não tinha patins podia pegar emprestado e se jogar na pista ao som da música.

A energia do público também é algo surreal. As pessoas se jogam na criatividade: looks super coloridos, fantasias, brilhos, plumas… vale tudo pra expressar quem você é! O clima é leve, descontraído e acolhedor, com uma vibe de liberdade e respeito que contagia.

Uma coisa que me chamou muito a atenção foi a forma como o público se locomovia pelo festival. Era super comum ver pessoas usando skates elétricos, patinetes, bicicletas elétricas e até pequenas motos elétricas.

E outra surpresa incrível: você pode levar sua própria bebida pro festival! Sério! A galera personaliza os carrinhos de cooler de um jeito super criativo e prático. Não tem bares dentro do evento, como nos festivais brasileiros, mas o festival conta com uma praça de alimentação incrível, com uma variedade enorme de comidas e, claro, muito café à venda (os australianos realmente amam café!). Pra quem precisa repor o gelo do cooler, o próprio festival vende gelo diariamente, garantindo a refrescância das bebidas o rolê todo.

Até o camping tem um charme especial. Muita gente vai de trailer, levando todo o equipamento necessário pra acampar com conforto total. Eu achei incrível! E pra minha surpresa, havia até um caixa eletrônico no meio de tudo. Nunca tinha visto isso em um festival no meio da natureza.

Pra fechar, os banheiros com box fechado para banho também merecem destaque: estavam impecáveis e com água quente! Espaçosos, limpinhos… algo que a gente sonha ver em mais eventos por aí.

Mas, nem tudo são flores. Aproximadamente 1km da entrada do festival, a polícia montou uma blitz com drug test, algo comum aqui na Austrália. Isso deixou o clima meio tenso na saída pra quem estava indo embora, então considero esse um ponto negativo da experiência.

Sem dúvidas, uma experiência que ficou na memória e me fez enxergar os festivais de um jeito totalmente novo.

Por Priscila Martins

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