Leão XIV, recém-eleito papa da Igreja Católica, iniciou sua nova jornada abrindo mão de práticas que fizeram parte de sua rotina até então. Uma das mudanças mais simbólicas diz respeito à sua mobilidade: o pontífice deixou de dirigir o Fiat Panda, carro compacto que utilizava nas ruas de Roma desde 2023. A escolha do modelo não era casual. Além de sua popularidade na Itália, o Panda guarda uma relação direta com o Fiat Uno brasileiro, compartilhando soluções técnicas e influências de design.
Pontos Principais:
- Leão XIV deixa de dirigir após assumir o papado em maio de 2025.
- Utilizava um Fiat Panda híbrido leve desde 2023, em Roma.
- Modelo serviu de base para o Fiat Uno e é líder de vendas na Itália.
- Papa agora se desloca em um Volkswagen Tiguan híbrido oficial.
Durante os dois anos que antecederam sua eleição, Robert Prevost — agora Leão XIV — se locomovia em um Panda de terceira geração, versão mais recente do modelo lançado originalmente em 1980. Desenvolvido por Giorgetto Giugiaro, o Panda foi concebido como um automóvel funcional e acessível, com proporções compactas voltadas ao uso urbano. A versão italiana serviu como base conceitual para o Fiat Uno, lançado três anos depois no Brasil, e que se tornaria um dos carros mais emblemáticos do país.

Com a nova função, Leão XIV passou a utilizar veículos da comitiva oficial do Vaticano. Desde então, é transportado por um Volkswagen Tiguan híbrido, reflexo de sua postura em relação à sustentabilidade. Como papa, não poderá mais assumir o volante, como relatado em encontro com religiosos agostinianos na Itália. A escolha do Panda enquanto era bispo em Roma reflete não apenas praticidade, mas também coerência com um estilo de vida simples que o acompanha desde antes da ordenação.
Histórico e origem do Fiat Panda
O Fiat Panda surgiu no início da década de 1980, momento em que a indústria automotiva italiana buscava soluções práticas para os centros urbanos. Com 3,7 metros de comprimento e estrutura compacta, o modelo foi projetado para oferecer espaço funcional em um formato reduzido. Seu porta-malas foi desenhado para comportar, inclusive, galões de vinho — item comum entre os consumidores italianos da época.
O projeto de Giugiaro não se restringiu ao Panda. Em 1983, o designer repetiu a parceria com a Fiat e colaborou na criação do Uno, que incorporava diversas soluções já aplicadas no modelo europeu. Embora cada um tenha seguido caminhos distintos em seus respectivos mercados, as semelhanças técnicas e estéticas entre Panda e Uno são notáveis, sobretudo nas primeiras gerações.
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Na Itália, o Panda manteve sua relevância mesmo após décadas de produção. Em 2024, alcançou o marco de carro mais vendido do país pelo 15º ano consecutivo, mantendo liderança em um dos mercados mais concorridos da Europa. Isso se deve a sua permanência no portfólio da Fiat com constantes atualizações, incluindo o lançamento da versão híbrida leve.
Características e desempenho da versão híbrida
A versão híbrida leve do Panda foi introduzida em 2020, como resposta às novas exigências ambientais da União Europeia. Equipada com motor 1.0 Firefly — o mesmo utilizado no Fiat Mobi brasileiro —, essa configuração passou a contar com um pequeno motor elétrico auxiliar. O sistema entrega 70 cv de potência combinada e aceleração de 0 a 100 km/h em 13,9 segundos.
Apesar de não ser voltada ao desempenho, a versão híbrida do Panda alcança índices de consumo significativos. Segundo dados oficiais, o modelo pode fazer até 24,1 km/l, o que a torna uma das opções mais econômicas da categoria. Seu desempenho máximo gira em torno de 160 km/h. Ainda que tenha versões a gasolina, gás natural, diesel e flex (gasolina/gás natural), é possível que Leão XIV tenha optado pela alternativa com menor impacto ambiental.
No mercado europeu, o Panda híbrido foi lançado com preço inicial de 11.785 euros. Em 2025, modelos com até dois anos de uso podem ser encontrados por cerca de 8 mil euros, dependendo do estado de conservação e quilometragem. O interior permanece alinhado ao que se espera de um modelo urbano de entrada, com central multimídia disponível apenas nas versões superiores.
Uso do carro por Leão XIV e experiências anteriores
Não há registros visuais do então bispo Robert Prevost dirigindo seu Fiat Panda em Roma. No entanto, relatos de religiosos próximos e da própria imprensa indicam que o modelo acompanhou sua rotina entre 2023 e sua eleição como papa. Durante esse período, ele percorria ruas da capital italiana com autonomia, sem comitiva ou aparato de segurança.
O uso pessoal de veículos sempre fez parte da trajetória de Prevost. Nascido nos Estados Unidos, é natural supor que ele tenha tido acesso a automóveis desde a juventude. Após sua ordenação, o uso do carro permaneceu como ferramenta de deslocamento em missões religiosas. Uma dessas viagens foi registrada em 2003, na Tanzânia, quando dirigiu por mais de 12 horas entre cidades distantes, em estrada de difícil acesso.
Em 2023, no Peru, região que enfrentava os efeitos do El Niño, Prevost também recorreu a cavalos para alcançar comunidades isoladas. A irmã Karina Gonzales, da ordem das Franciscanas da Imaculada Conceição, relembrou as viagens feitas por ele montado, por horas, em regiões montanhosas, onde veículos motorizados não conseguiam acesso.
Transição para a mobilidade oficial
Com a eleição ao papado, Leão XIV passou a utilizar exclusivamente os veículos da frota oficial do Vaticano. A escolha pelo Volkswagen Tiguan híbrido reflete não apenas uma atualização tecnológica, mas também uma postura favorável à sustentabilidade ambiental. O modelo oferece motorização híbrida plug-in, com possibilidade de rodar em modo 100% elétrico por curtas distâncias urbanas.
Essa transição marca o fim de um ciclo pessoal para o novo papa. Dirigir um carro por iniciativa própria não faz mais parte de sua rotina, mas seu histórico ao volante, especialmente com veículos populares, contribui para traçar o perfil de um líder com hábitos próximos do cotidiano de grande parte da população.
Apesar da mudança na forma de se locomover, o vínculo entre o Papa Leão XIV e o Fiat Panda permanece como uma marca simbólica de sua trajetória antes do pontificado, associada a escolhas funcionais e coerentes com sua atuação religiosa.
Fonte: Uol.
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