Premonição 6: Laços de Sangue chegou aos cinemas com uma proposta distinta dos filmes anteriores da franquia. O novo longa segue a mesma premissa básica, com personagens tentando evitar a morte após escaparem de um acidente, mas traz novos elementos narrativos que ampliam o universo conhecido pelos fãs. A introdução de vínculos familiares e a ideia de maldição hereditária marcam a tentativa dos diretores de reposicionar a série.
Pontos Principais:
- Premonição 6 introduz ligação hereditária entre personagens e a morte.
- A trama conecta tragédias do passado com eventos do presente.
- Mortes continuam exageradas, mantendo estilo visual da franquia.
- Comparações com “O Macaco” influenciam recepção crítica.
- Filme tenta romper com formato tradicional e atualiza mitologia.
O filme começa com uma jovem tendo uma premonição de um desabamento em uma torre. Ela presencia a tragédia em sua mente, mas acredita se tratar apenas de um pesadelo. Ao pesquisar, descobre que o acidente realmente aconteceu anos antes e que uma das sobreviventes foi sua avó desaparecida. Esse vínculo inesperado com o passado desencadeia a trama principal e leva a protagonista a investigar os eventos que ligam sua família a essa maldição recorrente.

Ao invés de seguir uma sequência de mortes isoladas, como em produções anteriores, o novo capítulo aborda a questão da morte como um legado familiar. A narrativa assume um tom investigativo e explora como essas ocorrências podem se repetir entre gerações, transformando a relação dos personagens com o destino inevitável que os cerca.
Relação entre premonição e legado familiar
Diferente dos primeiros filmes da franquia, Premonição 6 não foca apenas em evitar a morte iminente. A personagem principal passa a questionar os padrões de repetição entre sua experiência e a de sua avó. Essa perspectiva amplia o debate sobre o ciclo das tragédias e a impossibilidade de fuga definitiva.
O roteiro trabalha a premonição como um elemento ligado à genética ou ao trauma transmitido de geração em geração. Essa proposta se desdobra em eventos que conectam o presente com acontecimentos do passado, criando paralelos entre as tentativas de sobrevivência atuais e as anteriores.
Esse novo enfoque muda o papel dos personagens. Em vez de apenas correr da morte, a protagonista tenta compreender sua origem e suas ligações familiares, propondo uma quebra do ciclo de maneira mais simbólica e emocional, mesmo sem se afastar da estética visual que tornou a franquia reconhecida.
Estética e direção do novo filme
A direção de Zach Lipovsky e Adam B. Stein segue a linguagem visual já estabelecida pela série, mesclando violência gráfica com situações de fatalidade inesperada. As mortes seguem um padrão de coincidências improváveis, como acidentes domésticos e falhas mecânicas, que compõem um tipo de “teatro do absurdo”.
Mesmo com o foco narrativo mais profundo, o filme não abandona a construção de tensão nas sequências de perigo. A montagem trabalha com cortes rápidos e uso de som para antecipar as tragédias, mantendo a atenção do espectador nas possibilidades de cada cena.
A ambientação reforça o aspecto hereditário da narrativa, com locações que remetem ao passado e à ancestralidade. Elementos visuais associados à família, como fotos antigas, cartas e objetos herdados, ajudam a compor a atmosfera de maldição que a história busca representar.
Comparações com lançamentos recentes
A estreia de Premonição 6 coincidiu com o lançamento de “O Macaco”, adaptação de uma obra de Stephen King. Ambos os filmes trabalham a ideia de um mal invisível que provoca mortes em cadeia. No entanto, enquanto o filme de King propõe uma reflexão mais psicológica, Premonição 6 se mantém próximo ao estilo consagrado da franquia.
A recepção crítica comparou diretamente as duas obras. O Macaco foi considerado mais eficiente ao explorar os medos fundamentais do ser humano, como a morte e a fragilidade física. Já Premonição 6 apostou na continuidade da franquia e no entretenimento visual como ponto central.
Essa comparação afetou a repercussão do filme nas primeiras semanas. Apesar disso, o longa tem se mostrado eficaz entre o público mais jovem, principalmente entre aqueles que não acompanharam os filmes anteriores. O caráter episódico e o ritmo ágil facilitam a compreensão mesmo para quem chega agora à franquia.
Público-alvo e recepção nas salas de cinema
O lançamento teve apelo especial entre adolescentes e jovens adultos, público tradicional da série desde os anos 2000. A estrutura do roteiro, com mortes rápidas e encadeamento ágil dos acontecimentos, favorece a atenção de quem busca uma experiência cinematográfica direta.
A reação nas redes sociais indica que a fórmula visual continua funcionando, principalmente nas cenas de impacto. Vídeos curtos com os momentos de mortes mais bizarras circulam amplamente, reforçando o caráter de entretenimento gráfico que acompanha a série desde o primeiro filme.
Mesmo com críticas à repetição de elementos já conhecidos, Premonição 6 encontrou espaço nas salas e mantém o legado da franquia em evidência. A decisão de amarrar a história a uma linhagem familiar abre caminhos para possíveis novos capítulos, com foco no passado de outros personagens ou ancestrais dos protagonistas.
Fonte: Terra, Estadao e Adorocinema.
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