Acusado de matar cunhado com oito tiros é condenado pelo tribunal do júri; veja sentença

Foto: Robson Komochena

 

 

Após mais de três anos, um dos julgamentos mais aguardados dos últimos anos em Campo do Tenente chegou ao fim na noite desta sexta-feira (16).

 

Maycon Grohs Klostermann foi condenado a 13 anos e 9 meses de reclusão pelo assassinato do cunhado, ocorrido em 26 de abril de 2022, em um terreno rural na localidade de Buriti.

 

O réu foi considerado culpado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Rio Negro por homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo. Pela posse do armamento, a pena foi de 2 anos de reclusão, com possibilidade de substituição por pena restritiva de direitos.

 

A sentença foi proferida por volta das 22 horas pelo juiz Rodrigo Morillos, titular da 2ª Vara Judicial de Rio Negro, responsável por conduzir o julgamento.

 

“Por maioria de votos, o júri entendeu que naquele dia, sim, o réu efetuou disparos em desfavor da vítima, que acabou morrendo por conta disso. O réu não agiu em legítima defesa, embora houve um prévio ato de provocação da vítima, todavia o réu usou recurso que acabou por impossibilitar a defesa da vítima”, destacou o juiz.

 

“Também, por maioria de votos, o juri também entendeu que o réu portava uma arma de fogo sem autorização, em desacordo com a lei. As consequências do crime, foram além de uma vida, a partir dessa ocorrência famílias ficaram divididas. Outro fator que amplia a reprovabilidade da conduta, foi ter matado a vítima na presença de um dos seus filhos”, concluiu.

 

O crime foi presenciado por um adolescente de 15 anos, filho da vítima. Segundo a denúncia, Parize foi alvejado com oito tiros à queima-roupa, sem chance de defesa, enquanto trabalhava em uma plantação de soja. Após os disparos, o acusado fugiu do local e escondeu a arma em um veículo VW/Gol, que foi localizado posteriormente pela Polícia Civil em Rio Negro.

 

A motivação do crime, segundo a investigação, estaria relacionada a uma antiga disputa por divisas de terras entre as famílias, embora os parentes da vítima afirmem que o conflito já havia sido superado.

 

Com a condenação, encerra-se um dos julgamentos mais aguardados dos últimos anos na região. Para a família, a decisão representa um passo importante para garantir justiça e preservar a memória da vítima.

 

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