O Brasil confirmou nesta sexta-feira o primeiro foco de gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial. O caso foi identificado no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, onde um matrizeiro apresentou circulação do vírus. Até então, o vírus havia sido detectado apenas em aves silvestres e em criações não comerciais no território brasileiro.
Pontos Principais:
- Primeiro foco de gripe aviária em granja comercial é confirmado no Brasil.
- Ministério da Agricultura aciona plano de contingência e notifica OMSA.
- Consumo de carne de aves e ovos segue seguro, sem risco à população.
- Medidas emergenciais visam conter o foco e preservar a produção nacional.
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), as ações previstas no Plano Nacional de Contingência foram acionadas imediatamente após a detecção. O governo informou que está atuando para conter o avanço da doença e proteger a cadeia produtiva da avicultura, um dos pilares da segurança alimentar e da balança comercial brasileira.
A confirmação foi feita por meio de testes laboratoriais, e os resultados positivos colocam o país em estado de alerta, ainda que o risco de infecção humana seja considerado baixo. O vírus, segundo o Mapa, não é transmitido por meio do consumo de carne de frango ou de ovos, que seguem liberados para comercialização e consumo.
O episódio acendeu um sinal de atenção entre os órgãos reguladores e os parceiros comerciais do Brasil. O governo já notificou a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), os ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, além de entidades do setor produtivo e países importadores da proteína brasileira.
A gripe aviária é uma ameaça que já impactou duramente países da Ásia, África e Europa, com perdas significativas para seus respectivos setores agropecuários. No caso brasileiro, a meta é conter o foco antes que haja disseminação para outras granjas ou regiões.
As medidas adotadas incluem o isolamento da área afetada, o sacrifício sanitário das aves do plantel atingido, o bloqueio de transportes e a desinfecção rigorosa das instalações. A vigilância foi reforçada em um raio ampliado ao redor do foco inicial.
O Mapa reforçou que apenas pessoas que mantêm contato direto e frequente com aves infectadas, vivas ou mortas, podem estar em risco. Mesmo assim, o histórico mostra que a transmissão para humanos é rara e exige exposição intensa. A recomendação é que granjeiros e trabalhadores sigam rigorosamente os protocolos de biossegurança.
Fonte: CNN.
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