Conheça as possíveis causas da morte de bebê no fim da gravidez, como aconteceu com Tati Machado

Familiares, amigos e fãs se solidarizaram com Tati e seu companheiro.

A perda gestacional, especialmente nas fases finais da gravidez, é uma experiência devastadora que afeta profundamente o equilíbrio emocional de toda a família.

Mesmo com os avanços da medicina pré-natal e os cuidados dedicados ao bem-estar da gestante, ainda existem situações imprevisíveis que culminam em desfechos trágicos.

No Brasil, estima-se que uma em cada quatro gestações pode terminar em perda espontânea, e mesmo gestações consideradas saudáveis até o terceiro trimestre não estão totalmente livres de riscos.

Casos de perdas gestacionais nas fases finais da gravidez continuam a despertar comoção e questionamentos tanto no meio médico quanto na sociedade em geral.

Embora sejam eventos raros, não são impossíveis, e ocorrem mesmo em gestações que aparentavam decorrer de maneira saudável até momentos antes do parto.

Esses episódios são classificados como óbito fetal, conforme definição da Organização Mundial da Saúde, sendo caracterizados quando a morte do feto ocorre após a 20ª semana de gestação.

Recentemente, o caso da atriz Micheli Machado e do apresentador Robson Nunes trouxe novamente o tema à tona. Micheli precisou passar por uma cesárea de emergência após constatar a ausência de movimentos do bebê, quando estava com 33 semanas de gestação.

Mesmo com um pré-natal regular e evolução tranquila, a gravidez teve um desfecho trágico, reforçando a importância do acompanhamento constante e da atenção a qualquer sinal diferente.

Especialistas apontam diversas causas que podem levar à morte fetal intrauterina. Entre os fatores mais frequentes estão problemas de saúde maternos, como hipertensão, diabetes, doenças autoimunes e infecções.

Alterações genéticas nos fetos também são responsáveis por parte significativa dos casos. Há ainda situações ligadas ao estilo de vida da gestante, como tabagismo, consumo de álcool ou uso de substâncias ilícitas, além de antecedentes de complicações em gestações anteriores.

Mesmo com os avanços na medicina fetal e na obstetrícia, uma parcela dos óbitos ainda permanece sem explicação clara. Segundo dados recentes, a taxa média de natimortos em países de baixa renda é de cerca de 36,3 por mil nascimentos, com maior incidência nas regiões da África Subsaariana e do sul da Ásia.

No Brasil, embora os índices tenham melhorado, o desafio persiste. Quando ocorre um óbito fetal, é necessário realizar o parto para retirada do bebê, o que exige sensibilidade e acolhimento da equipe médica.

A prioridade nesses momentos é oferecer suporte emocional à paciente e seus acompanhantes, respeitando suas escolhas e proporcionando explicações claras sobre o ocorrido.

A discussão sobre essas perdas reforça a necessidade de ampliar o debate sobre a saúde materna e fetal, investir em atendimento humanizado e garantir o acesso a exames preventivos, sobretudo em contextos de maior vulnerabilidade.

A conscientização e o acompanhamento contínuo são aliados fundamentais na prevenção de desfechos trágicos como esse. Foi nesse contexto que a jornalista e apresentadora Tati Machado compartilhou uma notícia que comoveu seus seguidores nesta última terça-feira (13).

Grávida de 33 semanas, Tati relatou ter sentido a ausência de movimentos do bebê e procurou atendimento médico na segunda-feira (12). Ao chegar à maternidade, foi confirmado o óbito fetal, cujas causas seguem em apuração pelos médicos.

O comunicado oficial também agradeceu o apoio dos fãs e pediu respeito à privacidade neste momento tão sensível. O bebê, que se chamaria Rael, seria o primeiro filho do casal.

A perda traz à tona lembranças de outro momento delicado da vida da jornalista, que em 2019 enfrentou um aborto espontâneo, um episódio que marcou profundamente sua trajetória pessoal.

Durante a nova gestação, Tati chegou a mencionar o medo e a cautela que sentia em se apegar completamente, reflexo direto do trauma anterior. Histórias como essa sublinham a necessidade de acolhimento e empatia diante do luto gestacional, que muitas vezes é invisibilizado ou minimizado.

O apoio emocional, o acompanhamento psicológico e o respeito ao tempo de cada família são fundamentais para a reconstrução após uma perda tão dolorosa.

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