Defesa de Zambelli apela ao STF após votos por condenação e perda de mandato

A movimentação jurídica em torno do caso de Carla Zambelli, deputada federal pelo PL de São Paulo, ganhou novo capítulo com os votos dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino pela condenação da parlamentar. O julgamento no Supremo Tribunal Federal avalia sua responsabilidade por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça em janeiro de 2023.

Pontos Principais:

  • Alexandre de Moraes votou por 10 anos de prisão, cassação e multa de R$ 2 mi.
  • Flávio Dino acompanhou integralmente o voto do relator no Supremo.
  • Defesa diz que não há provas irrefutáveis e classifica decisão como injusta.
  • Advogados pedem que ministros restantes solicitem vista do processo.

O voto de Moraes, relator do processo, foi contundente: além de dez anos de prisão, ele propôs a cassação do mandato de Zambelli e a aplicação de multa de dois milhões de reais. Dino acompanhou integralmente o entendimento, fortalecendo a tese de que a parlamentar foi a mentora intelectual do ato criminoso.

A defesa da deputada se manifestou por meio dos advogados Daniel Bialski, Bruno Borragine e André Bialski, que classificaram a decisão como injusta. Para eles, a condenação carece de provas consideradas irrefutáveis e pedem que os demais ministros examinem com atenção os argumentos apresentados.

A defesa de Carla Zambelli tenta reverter no STF a possível condenação por invasão ao sistema do CNJ. Moraes sugeriu prisão, multa e cassação do mandato da deputada - Foto: Lula Marques/EBC/Agência Brasil
A defesa de Carla Zambelli tenta reverter no STF a possível condenação por invasão ao sistema do CNJ. Moraes sugeriu prisão, multa e cassação do mandato da deputada – Foto: Lula Marques/EBC/Agência Brasil

O recurso estratégico apresentado pela defesa apela para que algum dos ministros restantes – Luiz Fux, Cristiano Zanin ou Cármen Lúcia – solicite vista do processo. A intenção é interromper momentaneamente a tramitação para reavaliação dos votos já proferidos.

O caso ainda não foi encerrado. Os ministros que não se manifestaram têm até a próxima sexta-feira, 16 de maio, para registrar seus votos. O prazo mantém em aberto a possibilidade de mudança no desfecho jurídico da parlamentar.

A votação atrai atenção por envolver uma figura política central ligada ao bolsonarismo e por ter implicações diretas na composição atual da Câmara dos Deputados, caso a cassação se confirme. O processo também serve de termômetro sobre a rigidez da Corte em episódios envolvendo ataques a instituições públicas.

Enquanto os votos finais não são apresentados, o julgamento de Zambelli segue como um dos principais focos no cenário político e jurídico do país. O resultado poderá influenciar futuros casos envolvendo autoridades eleitas acusadas de ações contra o funcionamento de órgãos do Estado.

Fonte: Veja e UOL.

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