
Pela primeira vez, aeronave será utilizada por uma força policial estadual no país. Até então, o equipamento era de uso exclusivo das Forças Armadas brasileiras. Helicóptero Black Hawk, fabricado pela Lockheed Martin
Divulgação/Lockheed Martin
A Polícia Militar do RJ deverá receber até o final deste ano um helicóptero Black Hawk blindado. Utilizada pelas Forças Armadas dos Estados Unidos e presente em diversos conflitos armados desde a década de 1970, a aeronave será integrada à frota aérea da Polícia Militar do Rio de Janeiro.
Atualmente, o estado conta com modelos como o Bell Huey II, AW-169, AW119 e H-125 em suas operações.
O governo do Rio não informa o valor que será gasto para a aquisição da aeronave.
Pela primeira vez, aeronave será utilizada por uma força policial estadual no país. Até então, o Black Hawk era de uso exclusivo das Forças Armadas brasileiras — Exército, Marinha e Aeronáutica —, que somam atualmente 26 unidades do modelo.
Hoje, mais de 4 mil unidades do helicóptero estão em operação no mundo, sendo o Exército dos EUA o maior operador do modelo, com cerca de 2.135 aeronaves.
O Black Hawk é capaz de transportar até 11 soldados equipados, além de 4 tripulantes (piloto, copiloto e dois operadores de armamento).
Black Hawk em operação da Força Aérea Brasileira
Divulgação/Força Aérea Brasileira
O helicóptero também pode ser equipado com metralhadoras M240 de 7,62 mm em ambos os lados e pode receber blindagem adicional e sistemas de contramedidas eletrônicas.
Segundo dados técnicos, o helicóptero é capaz de atingir velocidade máxima de até 294 km/h e possui autonomia de voo de aproximadamente 590 quilômetros.
O uso de aeronaves em operações foi um dos grandes pontos de discussão do recente julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635, a chamada ADPF das Favelas.
O PSB e Oranizações Não Governamenais (ONGs) dizem que as aeronaves trazem prejuízos, inclusive à saúde mental dos moradores.
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a retomada do uso de helicópteros como base de tiros em operações policiais, atendendo a uma demanda do governo. A prática estava anteriormente restrita por decisão da Corte, mas foi flexibilizada, permitindo agora o emprego dos equipamentos com essa finalidade.
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