O mundo assistiu nesta quinta-feira a um momento inédito na história da Igreja Católica. O conclave realizado no Vaticano resultou na escolha de um papa nascido nos Estados Unidos. O cardeal Robert Francis Prevost, de 69 anos, foi eleito pontífice e adotou o nome de Leão XIV. A fumaça branca subiu às 13h08, horário de Brasília, e milhares de fiéis acompanharam a cena da Praça de São Pedro.
Pontos Principais:
- Robert Francis Prevost é eleito papa e adota o nome Leão XIV.
- Donald Trump parabeniza o novo pontífice e deseja encontrá-lo.
- Prevost é o primeiro papa nascido nos Estados Unidos.
- Ele exerceu forte atuação no Peru e no Vaticano antes da eleição.
- Mais de 40 mil pessoas acompanharam o anúncio na Praça de São Pedro.
Prevost nasceu em Chicago, mas construiu parte significativa de sua trajetória religiosa na América Latina, principalmente no Peru, onde atuou por duas décadas. Ao longo dos anos, foi ganhando destaque até ocupar dois dos cargos mais influentes da Cúria Romana: o de prefeito do Dicastério para os Bispos e o de presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina.
A escolha do novo papa ocorre menos de um mês após a morte de Francisco, em 21 de abril, encerrando um pontificado de 12 anos. A transição é marcada por expectativa e pela observação do mundo inteiro, atento aos próximos passos da Igreja Católica sob a liderança de Leão XIV.
Repercussão internacional da escolha

A eleição do primeiro papa americano gerou respostas imediatas de líderes mundiais. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou publicamente a escolha, destacando a importância histórica do momento. Em sua rede Truth Social, afirmou que é uma honra para os EUA ver um cidadão norte-americano assumir o cargo mais alto da Igreja Católica.
Trump também manifestou o desejo de encontrar pessoalmente Leão XIV e afirmou que o encontro será significativo para os dois países. A fala do presidente repercutiu entre políticos e analistas, tanto nos Estados Unidos quanto no Vaticano, especialmente por seu teor diplomático e simbólico.
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Vale lembrar que, antes da eleição, Trump havia sugerido outro nome para o papado. Durante sua participação no funeral de Francisco, indicou o cardeal Timothy Dolan, de Nova York, como possível sucessor. Dolan, por sua vez, é conhecido por sua ligação com Trump e chegou a conduzir orações nas duas posses presidenciais do republicano.
Trajetória e atuação de Robert Prevost
A trajetória de Leão XIV se destaca pela atuação internacional e por sua origem em um país de maioria protestante. Ainda jovem, entrou para a vida religiosa e se formou em teologia na União Teológica Católica de Chicago. Aos 27 anos, foi enviado a Roma para estudar direito canônico na Universidade de São Tomás de Aquino.
Após sua ordenação, Prevost foi enviado ao Peru, onde permaneceu por mais de dez anos, incluindo o período do governo autoritário de Alberto Fujimori. Nesse tempo, exerceu funções missionárias e de liderança, chegando a se tornar bispo e, posteriormente, cidadão naturalizado do país.
Sua ascensão no Vaticano foi consolidada quando assumiu cargos estratégicos ligados à nomeação de bispos e ao relacionamento com a América Latina. Esse histórico reforça a percepção de que Leão XIV possui uma visão ampla da Igreja, com experiência tanto na administração central quanto no trabalho pastoral de base.
Contexto da eleição e o clima no Vaticano
O conclave que elegeu Leão XIV ocorreu ao longo de dois dias. Iniciado na tarde de quarta-feira, 7 de maio, teve sua decisão confirmada com a quinta votação realizada na manhã seguinte. A fumaça branca tradicional apareceu, indicando consenso entre os cardeais, e foi recebida com aplausos por mais de 40 mil pessoas na Praça de São Pedro.
O anúncio do “Habemus Papam” marcou o início de uma nova fase para a Igreja. A escolha de Prevost foi celebrada com sinos tocando simultaneamente em igrejas de várias partes do mundo, incluindo as catedrais de Aparecida e da Sé, no Brasil. O clima entre os fiéis foi de comoção e curiosidade sobre o futuro do pontificado.
Logo após o anúncio, o novo papa apareceu na sacada da Basílica de São Pedro para sua primeira bênção como pontífice. Com voz tranquila, pediu paz mundial, homenageou seu antecessor e indicou que seu foco será a construção de pontes entre comunidades, reafirmando o compromisso da Igreja com o diálogo.
Reações e polêmicas envolvendo Trump
Apesar da reação positiva de Trump à eleição de Prevost, o ex-presidente norte-americano também foi alvo de críticas por episódios anteriores envolvendo a Igreja Católica. Durante o período que antecedeu o conclave, Trump declarou publicamente que gostaria de ocupar o cargo de papa, o que gerou reações negativas entre fiéis e clérigos.
A polêmica ganhou força quando a Casa Branca divulgou uma imagem de Trump vestido como pontífice, aparentemente gerada por inteligência artificial. A imagem foi duramente criticada, inclusive pelo próprio cardeal Timothy Dolan, que afirmou que a representação causou má impressão.
Esse episódio reacendeu discussões sobre a relação entre religião e política nos Estados Unidos e o uso da imagem da Igreja em estratégias públicas. Ainda assim, a eleição de Leão XIV foi considerada um marco, mesmo entre aqueles que criticam o envolvimento político em temas religiosos.
Desafios do novo papado
A liderança de Leão XIV começa em um momento desafiador para a Igreja Católica. A instituição enfrenta uma série de questões globais que exigem posicionamento e ação. Entre os temas mais urgentes estão as mudanças climáticas, os conflitos armados em diferentes regiões e a crescente perda de fiéis, especialmente entre os mais jovens.
Além disso, há tensões internas relacionadas à governança e à credibilidade da Igreja. Escândalos, disputas ideológicas e o papel das mulheres na hierarquia eclesiástica são pontos que dividem opiniões dentro do clero e entre os fiéis. A expectativa é que o novo papa adote uma postura de continuidade, mantendo o tom reformista iniciado por Francisco.
Por outro lado, o histórico de Prevost na América Latina e sua experiência com contextos políticos complexos sugerem que ele pode buscar soluções práticas e diálogo intercontinental. Sua missão será equilibrar tradição e renovação, escutando diferentes vozes dentro de uma instituição que abrange 1,4 bilhão de pessoas no mundo.
Fonte: Vaticannews, Fusne e Metropoles.
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