
Intitulado de “Projeto Resfria”, o estudo é liderado pela professora Cláudia Cotrim Pezzuto, vinculada ao Programa de Pós-Graduação (PPG) em Sistemas de Infraestrutura Urbana da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas (SP). A professora Cláudia Cotrim Pezzuto, da PUC Campinas é responsável pelo Projeto Resfria, em Jundiaí (SP)
Pontifícia Universidade Católica (PUC)
Um estudo realizado em Jundiaí (SP) foi o ponto de partida para um projeto que busca rastrear pontos de calor e determinar estratégias de resfriamento no município.
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Chamado de “Projeto Resfria”, a ação é liderada pela professora doutora Cláudia Cotrim Pezzuto, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas (SP). Ao g1, ela explicou que o objetivo é utilizar o mapeamento de pontos da cidade onde estão as ilhas de calor e entender quais fatores contribuem para o aumento da temperatura.
“O projeto foi estruturado com base em métodos científicos já consolidados, que têm como foco o delineamento de estratégias de resfriamento urbano. Essa abordagem representa um avanço importante no entendimento das dinâmicas climáticas urbanas de Jundiaí, com o objetivo final de contribuir para a melhoria da qualidade de vida na área urbana”, explica.
O projeto conta com a participação da Prefeitura de Jundiaí e da Pontifícia Universidade Católica (PUC)
Pontifícia Universidade Católica (PUC)
A previsão é que o projeto, que também tem parceria com a prefeitura da cidade, dure três anos. Segundo o diretor de Meio Ambiente, pesquisador e doutor Guilherme Theodoro Nascimento Pereira de Lima, a ação pretende ajudar no desenvolvimento de políticas públicas.
“Nós já instalamos os primeiros 15 sensores e isso irá ajudar a melhorarmos as políticas públicas que estão sendo feitas no município, especialmente as políticas relacionadas aos planos de bairro e de enfrentamento às mudanças climáticas”, afirma Guilherme Lima.
Pontos de monitoramento foram instalados na cidade para análise do calor
Pontifícia Universidade Católica (PUC)
Os sensores de temperatura foram instalados em pontos estratégicos da cidade, com a finalidade de monitorar a variação climática e, assim, entender como são formadas as ilhas de calor urbanas. Conforme Guilherme, a expectativa é que sejam instalados 30 deles no total.
“Nós participamos de reuniões com o poder público e estamos fazendo um diagnóstico da cidade sobre vários aspectos. Nessa etapa, nós estamos trabalhando ações relacionadas à observação do clima urbano na cidade e compilando informações disponíveis pela prefeitura”, explica Cláudia.
Com base nos estudos feitos durante o projeto, foram implantadas algumas ações no município, são elas o “Plano de Bairro, o programa “Hortas Públicas”, o programa “Pé de Árvore” e o programa “Jardim de Chuva”. Confira abaixo:
🗾Plano de Bairro: prevê ações que ajudam a tornar bairros mais sustentáveis, com reflorestamento, corredores ecológicos, IPTU Verde, e monitoramento da qualidade do ar.
🌱Horta Urbana: ocupa terrenos públicos com hortas, promovendo o contato com a natureza e o consumo de alimentos orgânicos. A cidade já conta com 11 hortas ativas.
🌳Pé de Árvore: incentivo ao plantio e cuidado de árvores em áreas públicas, reduzindo impactos ambientais e tornando os espaços mais agradáveis. Em 2022, um estudo do IBGE, apontou que a cidade tem 35% de árvores na parte urbana. Veja o mapa abaixo.
☔Jardins de Chuva: plano piloto que prevê a implementação de 15 jardins com árvores nativas no bairro Novo Horizonte, a fim de ajudar a conter alagamentos.
“Temos aprendido muito com esse olhar diferenciado. Quando desenvolvemos uma política pública, nem sempre conseguimos ter esse olhar mais técnico, acadêmico e científico”, ressalta Guilherme.
*Colaborou sob supervisão de Júlia Martins
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