Depois de uma alta de 14,217% entre março e abril, a cesta básica voltou a ficar mais barata em Santa Cruz do Sul. Conforme o levantamento mensal divulgado ontem pelo Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas da Unisc, os 13 itens passaram de R$ 726,33 para R$ 697,49. É uma redução de R$ 28,84, o equivalente a 3,97%.
Entre os produtos pesquisados, dez apresentaram redução e três ficaram mais caros. Um dado que chamou a atenção é o comportamento do preço do tomate. Sozinho, o fruto importou em queda de R$ 27,39 no custo total da cesta básica, uma contribuição de -3,771%. Na sequência, entre os que ajudaram a reduzir os preços, estão o pão francês (-0,748%) e o feijão preto (-0,591%). Os itens que frearam a baixa em maio foram a batata-inglesa (1,404%), o café moído (0,408%) e a carne bovina (0,257%).
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A variação acumulada da cesta básica de Santa Cruz em 12 meses, em relação ao custo de maio de 2025, é 2,825%. No ano, a elevação é de 4,929%. Com esse custo, um trabalhador do município que recebeu no início de maio o salário mínimo nacional precisou trabalhar 101,087 horas para adquirir o conjunto de 13 produtos. Na prática, são 4,18 horas a menos que o necessário em abril deste ano.
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A pesquisa da cesta básica nacional em Santa Cruz é realizada nas principais redes de supermercados do município e reflete os preços vigentes no dia do levantamento. Os pesquisadores consideram a disponibilidade dos produtos/marcas, eventuais promoções e ofertas no dia. Por esse motivo, os resultados valem somente para a data do levantamento.
Para saber
A partir dos gastos com alimentação, é possível estimar o salário mínimo necessário para atender as necessidades básicas do trabalhador e de sua família. Seguindo a metodologia utilizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor do piso nacional em Santa Cruz do Sul para abril de 2025, pago no início de maio, deveria ter sido de R$ 5.815,71 para uma família composta por dois adultos e duas crianças. Ou seja, deveria ser 3,831 vezes maior do que o vigente.
A cesta básica relaciona um conjunto de alimentos que seria suficiente para o sustento e bem-estar de um trabalhador adulto durante um mês, tomando como base o decreto-lei 399, de 30 de abril de 1938, que regulamenta a lei 185 de 14 de janeiro de 1936 – da instituição do Salário Mínimo no Brasil.
Esse decreto estabelece que o salário mínimo é a remuneração devida ao trabalhador adulto, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, capaz de satisfazer, em determinada época e região do país, às suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte.
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