O preço médio de venda dos iPhones atingiu US$ 971 no início de 2025, segundo dados da Consumer Intelligence Research Partners (CIRP). O salto de US$ 18 em relação ao trimestre anterior surpreende por ocorrer fora do padrão típico de ciclos de geração, e revela uma mudança estratégica por parte da Apple, que decidiu encerrar linhas mais acessíveis como o iPhone SE e o iPhone 14.
Pontos Principais:
- Apple encerrou produção do iPhone SE e do iPhone 14.
- Preço médio subiu para US$ 971, segundo dados do CIRP.
- iPhone 16E elevou a média ao substituir os modelos mais baratos.
- Vendas fracas do iPhone 16 Pro e Pro Max contiveram a alta dos preços.
- Consumidores estão optando por iPhones usados ou prolongando o uso dos atuais.
Com essa movimentação, a empresa deixou de oferecer alternativas de entrada e impulsionou o valor médio com o lançamento do iPhone 16E. Embora este não seja um modelo premium, seu posicionamento ainda representa um custo mais elevado em comparação com os dispositivos extintos. Isso, por si só, já explica uma parte da elevação nos preços médios.

Desde 2018, a Apple deixou de divulgar oficialmente esses dados, substituídos pela métrica US-WARP (Preço Médio Ponderado de Varejo nos EUA). Essa referência tem ajudado analistas a identificar o comportamento do consumidor e a adaptação da marca frente à concorrência e ao cenário econômico global instável.
Um dado que chama atenção é a baixa adesão aos modelos iPhone 16 Pro e Pro Max. Apesar de serem os mais avançados da linha, suas vendas ficaram abaixo das expectativas. Isso impediu que o valor médio dos dispositivos aumentasse ainda mais, já que, em teoria, esses modelos puxariam a média para cima.
O desinteresse pelos modelos topo de linha também pode ser atribuído ao adiamento de funcionalidades importantes, como as melhorias no assistente Siri. Sem grandes novidades tecnológicas ou diferenciais claros, muitos consumidores preferiram manter os aparelhos antigos ou recorrer ao mercado de iPhones usados.
Relatórios recentes mostram que a venda de iPhones de segunda mão cresceu, especialmente em regiões onde a instabilidade econômica força escolhas mais conservadoras. O uso prolongado de dispositivos antigos se torna uma estratégia comum, diante da expectativa de gargalos na produção da próxima geração, o iPhone 17.
A Apple, mesmo como referência em inovação, enfrenta agora uma clientela mais crítica e atenta ao custo-benefício. A combinação entre menos modelos acessíveis, funcionalidades adiadas e incertezas na cadeia de suprimentos pode alterar o ritmo de adoção das próximas gerações, impactando diretamente sua estratégia de mercado.
Fonte: Digitaltrends.
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