A divulgação de um vídeo mostrando um motociclista acelerando até 299 km/h na BR-060, em Goiás, coincidiu com a Operação Cerberus, deflagrada pela Polícia Rodoviária Federal no mesmo fim de semana. A ação mirou práticas de risco em rodovias federais, principalmente manobras perigosas e excesso de velocidade. As imagens geraram repercussão nas redes sociais e aumentaram a visibilidade das medidas de fiscalização.
Pontos Principais:
- Motociclista foi filmado atingindo 299 km/h na BR-060 em Goiás.
- PRF realizou operação nas BRs 060 e 414 com radar e helicóptero.
- Foram apreendidas 35 motos com irregularidades como placas adulteradas.
- Cerca de 500 motoristas foram flagrados acima do limite de velocidade.
A operação flagrou cerca de 500 motoristas circulando acima do limite permitido nas BRs 060 e 414. Além do radar móvel, a PRF contou com um helicóptero da Divisão de Operações Aéreas para ampliar a vigilância em pontos críticos. Uma das gravações mostra o velocímetro de uma moto cravando 299 km/h, enquanto outra registra mais de 200 km/h — números alarmantes diante dos riscos.
Ao todo, 35 motocicletas foram apreendidas. Os agentes identificaram escapamentos adulterados, sistemas instalados para dificultar a identificação por radar, e casos em que as placas estavam propositadamente levantadas. A operação também encontrou condutores sob influência de álcool, agravando ainda mais o perfil das infrações.
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, trafegar acima de 50% do limite máximo configura infração gravíssima. A penalidade inclui multa de R$ 880, perda de 7 pontos na CNH e suspensão do direito de dirigir. Os dispositivos ilegais voltados a fraudes, como esconder a placa da moto, também são passíveis de sanções severas.
O superintendente da PRF em Goiás, Evandro Dalto, destacou que rodovias não são pistas de corrida. Ele lembrou que autódromos estão disponíveis para quem deseja testar os limites, com estrutura adequada, presença de ambulância e condições seguras. O objetivo da operação foi reforçar essa separação entre espaço público e ambiente controlado.
As infrações detectadas pela Cerberus revelam um padrão recorrente entre grupos organizados de motociclistas. A PRF alertou que continuará monitorando redes sociais em busca de registros de velocidade extrema ou tentativas de burlar o sistema de fiscalização. O uso da internet como vitrine para essas práticas se tornou parte do problema enfrentado pelos agentes.
Estudos anteriores já apontavam a velocidade como principal causa de acidentes graves em Goiânia e em outras regiões do estado. A ação da PRF reforça a necessidade de uma abordagem combinada entre fiscalização intensa e campanhas de conscientização. A frequência com que essas ocorrências aparecem em vídeos compartilhados escancara o desafio contínuo das autoridades.
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Fonte: Instagram e G1.
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