O IMS Ibiza 2025 foi, sem dúvida, uma edição histórica, com a maior participação de delegados da história do evento, superando os 1.700 presentes. O evento trouxe discussões impactantes sobre o futuro da música eletrônica, abordando questões de inclusão, sustentabilidade e inovação. O tom foi dado logo no primeiro dia com a ênfase em Intergenerational Exchange, onde foi debatido como as novas gerações podem aprender com o legado dos pioneiros, com destaque para a representação feminina no Jungle e Drum’n’Bass. Ao longo do evento, temas como a autenticidade no gênero afro house também marcaram presença, reforçando o poder transformador da dance music como uma expressão de cultural global.
No segundo dia, o tema da inteligência artificial foi central, com discussões sobre as implicações da IA para os direitos autorais e a indústria musical. A sessão sobre Generative AI destacou as preocupações com a manipulação de músicas protegidas por direitos autorais e a necessidade de estabelecer princípios éticos para essa tecnologia. Paralelamente, a diversidade também esteve no centro das conversas, com debates sobre a inclusão de artistas trans e a necessidade de criar um ambiente seguro e acolhedor para todos os profissionais da música, como destacou a sessão Trans Inclusion Charter.
A representação de diversas cenas globais foi outro ponto forte da edição de 2025. O evento contou com uma ampla troca cultural entre artistas e delegados de diferentes partes do mundo, com destaque para o crescente impacto da música eletrônica no Oriente Médio, África e Ásia. A discussão sobre Breaking Barriers e a luta contra o elitismo na dance music reafirmou o compromisso da cena em tornar-se mais inclusiva e acessível, promovendo a colaboração entre diferentes culturas e estilos.
O IMS também dedicou tempo ao bem-estar dos profissionais da música, com sessões focadas em saúde mental, resiliência e equilíbrio entre vida pessoal e carreira. O conceito de The Art of Areté trouxe uma abordagem holística para a indústria, com atividades como yoga e sessões de respiração, além de debates sobre a reinvenção na música e as muitas oportunidades que a indústria oferece para quem busca evoluir sem perder sua essência.
No terceiro e último dia, a celebração de quatro décadas de Jungle e Drum’n’Bass foi um dos destaques, com uma discussão profunda sobre a longevidade e a influência dessas sonoridades, além do papel essencial das mulheres no gênero, representadas por lendas como MC Chickaboo. O evento também foi marcado por um olhar crítico sobre a sustentabilidade da vida noturna global, com o Resident Advisor alertando para a importância de apoiar os clubes menores, onde a cena underground começou a florescer.
Para encerrar com chave de ouro, o evento teve a premiação de Marina Diniz com o Future Talents Awards 2025 do Pete Tong DJ Academy, um reconhecimento importantíssimo para sua carreira. Marina, que já vinha se destacando como uma das promessas da música eletrônica, foi aplaudida por sua habilidade em criar e inovar dentro do cenário global. Tal reconhecimento posiciona Marina Diniz entre os talentos mais promissores da cena eletrônica internacional, abrindo portas para colaborações com grandes nomes da indústria, apresentações em palcos internacionais e maior visibilidade em plataformas de destaque.
A IMS 2025, com sua rica troca de ideias e inspiração, foi o palco perfeito para um evento que celebra tanto a tradição quanto a vanguarda da música eletrônica.
Por redação
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